É impressionante a história do idoso que sobreviveu depois de testar positivo 43 vezes para a Covid-19

Com a saúde debilitada, ele precisou ser internado 07 vezes e perdeu 63 kg

Rafaella Soares Rafaella Soares -
(Foto: Captura / BBC)

Imagine ser diagnosticado com a Covid-19 e, após passar pelo período de isolamento, descobrir semana após semana que o vírus ainda está presente no corpo? Essa é a história Dave Smith, um britânico de 72 anos que teve o caso mais longo registrado da doença.

O desespero do idoso começou em março de 2020, logo no início da pandemia, quando ele recebeu o primeiro diagnóstico positivo do novo coronavírus.

Na época, ele passava por um momento de muita vulnerabilidade, porque estava fazendo um tratamento de quimioterapia contra uma leucemia.

O problema é que, ao refazer os exames alguns dias depois para saber se tinha se curado, o resultado mostrou que ele ainda estava com a Covid-19.

Ao todo, Dave precisou fazer 43 testes e todos deram positivo. O período em que esteve com a infecção durou exatamente 290 dias e, durante todos esses meses, precisou ser internado sete vezes e perdeu 63 kg.

“Uma vez eu tossi por 5 horas sem parar. Não falo de tossir, parar, tossir, parar. Mas de tossir, tossir e tossir sem parar, por 5 horas. Consegue imaginar o cansaço que isso causa ao seu corpo?”, contou, em entrevista à BBC.

Pensando que não iria sobreviver às complicações que vinha sofrendo, o idoso chegou até a se despedir da família e planejar como seria a solenidade de despedida.

“Fiquei resignado. Liguei para minha família, fiz as pazes com todos e me despedi. Fiz uma lista com as músicas que queria que tocassem em meu velório”, relembrou.

Depois de ser tratado com um coquetel cedido por uma empresa americana, Dave enfim recebeu o exame que mostrava que não estava mais com a doença.

O caso dele está sendo investigado por cientistas, a fim de descobrir se o remédio auxiliou na cura e também como o coronavírus se comporta para ter conseguido manter uma pessoa doente por tanto tempo.

“É como se tivessem me dado minha vida de novo. Você pensa: ‘o que eu posso fazer com essa vida?’ Estou próximo dos 73 anos, mas talvez ainda tenha algo de bom sobrando em mim”, afirmou o idoso.

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