MPGO oferece novas denúncias contra Nicodemos Junior e estima mais de 300 anos de pena em caso de condenação

Promotores também pediram o bloqueio de bens e valores do ginecologista em R$ 100 mil para cada vítima, a fim de assegurar futuro ressarcimento pelos prejuízos morais causados às mulheres

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -
Nicodemos Júnior Estanislau Moraes
Médico Nicodemos, médico ginecologista. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Cinco novas denúncias contra o médico ginecologista Nicodemos Junior foram oferecidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) nesta terça-feira (30). O profissional é investigado por crimes sexuais em Anápolis e Abadiânia. “As denúncias de hoje referem-se a 42 vítimas”, informou em o órgão em comunicado à imprensa.

“O MPGO concluiu que 39 delas foram vítimas de estupro, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal (CP), parágrafo 1º, com penas que variam de 8 a 15 anos de reclusão. As outras 3 mulheres foram vítimas de violação sexual, definido no artigo 215 do CP, com penas de 2 a 6 anos de prisão”, detalhou.

De acordo com o MPGO, foram analisados os relatos de todas as mulheres que noticiaram o ocorrido à Delegacia da Mulher de Anápolis. Das 51 vítimas que relataram na Polícia Civil (PC) o que passaram dentro do consultório médico, o MP ouviu novamente 38 delas.

“Em 6 dos casos registrados na delegacia, a conclusão dos membros do MP foi de que não houve nenhum crime, tendo sido requerido o arquivamento destes casos”, ponderou o órgão.

Assinam as denúncias os promotores de Justiça Camila Fernandes Mendonça, Yashmin Crispim Baiocchi de Paula e Toledo, Denis Augusto Bimbati Marques, Luís Guilherme Martinhão Gimenes e Luciano Miranda Meireles.

A estimativa deles é que, caso condenado em todos os processos, a soma das penas que podem ser aplicadas ao médico ginecologista alcançaria patamar superior a 300 anos.

Os promotores também pediram o bloqueio de bens e valores do ginecologista em R$ 100 mil para cada vítima, a fim de assegurar futuro ressarcimento pelos prejuízos morais causados às mulheres.

O Portal 6 não conseguiu localizar a defesa do Nicodemos Junior para comentar as novas oferecidas pelo MPGO. O espaço está aberto caso os advogados do médico ginecologista queiram se manifestar.

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