Novas variantes de vírus geram corrida a unidades de saúde na Grande Goiânia

Para especialista, identificações de cepas criam medo natural na população e superlotação piora quadro sanitário

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Unidades de saúde enfrentam aumento repentino de atendimentos em Aparecida e Goiânia. (Foto: Rodrigo Estrela/ Prefeitura de Aparecida de Goiânia).

Se por um lado o número oficial de contaminados pela variante da Influenza H2N3 permanece estável em Goiás, com 61 casos registrados, a maioria em Rio Verde, Sudoeste do estado, a procura por atendimento em unidades de atendimento de saúde em Goiânia e Aparecida de Goiânia dispararam desde o último fim de semana.

As secretarias municipais de saúde da capital e de Aparecida de Goiânia admitem a necessidade de adaptação para responder à grande demanda.

Em Goiânia, a pasta reconhece o momento como desafiador, tanto para as equipes médicas quanto para a população, já que os atendimentos aumentaram em época de fim de contrato de funcionários temporários.

“As escalas médicas estão completas, mas dezenas de outros profissionais estão sendo substituídos, o que tem interferido também no tempo de atendimento. A expectativa é de que nos próximos dias tudo volte à normalidade”.

Uma orientação é que, em casos mais simples, a população busque os postos de saúde. Somente em casos graves, as unidades de emergência.

Aparecida divulgou que o número de atendimentos diários aumentou de 2.350 para mais de 3.100, o que corresponde uma elevação de 32%.

Para desafogar as principais unidades de urgência e emergência, 40 postos de saúde do município irão atender casos suspeitos de gripe e dengue.

Ao Portal 6, o infectologista Marcelo Daher, disse que a identificação de novas cepas gera um medo natural na população, que procura mais as unidades de saúde.

Por outro lado, a superlotação faz com que os vírus circulem mais. “É preciso estruturar o atendimento, criar mais unidades de saúde para a população”, explicou Daher.

“Outra forma para reduzir essa lotação, é colocando pontos de coleta nas unidades para diagnosticar as doenças, com testes rápidos. Em 20 minutos, dá para saber se a pessoa está com gripe ou Covid-19”, complementou.

Ômicron

Outra preocupação é uma possível disseminação da variante Ômicron no estado.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), até esta terça-feira (28) foram confirmados 22 casos da variante Ômicron em Goiás, todos de pessoas residentes em Aparecida de Goiânia.

Dessas, 21 apresentaram sintomas leves e uma teve necessidade de internação, mas já recebeu alta e permanece em casa, em uso de medicação.

“Todos os casos seguem sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica de Aparecida de Goiânia, que é quem investiga o perfil desses pacientes, complementa a pasta estadual.

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