1ª audiência pública do Plano Diretor na Câmara de Goiânia vira palco para protestos contra aumento do IPTU

Representantes de vários setores estavam no plenário e incerteza sobre os rumos que a cidade vai tomar continua

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Câmara Municipal de Goiânia. (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Goiânia)

A audiência pública para discutir o Plano Diretor de Goiânia, uma das leis mais importantes e que dá o norte para o desenvolvimento da cidade para os próximos anos, também teve muitas indiretas, na manhã desta segunda-feira (31), sobre os valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) da capital.

Muito pouco se discutiu a cidade de forma ampla, encaminhando boa parte do tempo, para  argumentos e ponderações setorizadas.

Mas ponto em comum foi utilizar os minutos reservados às falas, para volta e meia, retomar um dos temas mais polêmicos e que vêm causando dor de cabeça não só à população, mas também ao legislativo. “Estamos sufocados, não aguentamos mais pagar tantos impostos. Tem lugares que aumento venal chegou a 100%”, desabafou Adriana Reis, representante do Setor Jaó.

O vereador Mauro Rubem (PT) defendeu que o plano  seja exaustivamente discutido nos próximos meses ‘para que não se passe a boiada como ocorreu com o IPTU’.  “Foi um desastre, eu previa que isso iria acontecer, agora tem vereador dizendo que foi ‘enganado’”, relatou.

No que tange à pauta em questão, o Plano Diretor, os pontos mais debatidos foram: adensamento com maior número de prédios e ocupações de setores como Sul, Centro-Oeste,  redução e ocupação e áreas ambientais e a falta de um mapa de alta resolução e com legenda apontando todas as diretrizes do Plano Diretor.

“Precisamos que tivesse sido judicializado para que esse processo avançasse pela casa. Esse plano precisa ser revisto urgente. Qual dos senhores aqui gostaria de morar a 100 metros de um aterro sanitário ou de uma Estação de Tratamento de Esgoto?”, questionou a vereadora Aava Santiago (PSDB).

Outro ponto importante também foi levantado pela tucana. “Como podemos aprovar uma matéria que exige mapa que esteja em alta resolução? Técnicos do Iphan tiveram dificuldades para entender o mapa”, concluiu.

Sobre os adensamentos, representantes do setor da construção civil  e do setor apoiam que haja essa consolidação. “Goiânia tem um dos metros quadrados mais baratos do País porque estamos verticalizando. Não existe colocar a cidade toda em uma altura só, a cidade é orgânica”, ressaltou um urbanista.

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