O que é mito e verdade sobre efeitos adversos na vacinação contra Covid-19 em adultos e crianças

Portal 6 ouviu Larissa Matuda Macedo, coordenadora da Triagem e Monitoramento de Covid-19 do GT Saúde da UFG

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Larissa Matuda Macedo_coordenadora da Triagem e Monitoramento de Covid-19 do GT Saúde da UFG. (Foto: Arquivo pessoal)

Um dos grandes fatores apontados por pessoas que não querem tomar a vacina ou proteger as crianças contra a Covid-19 é o medo de sofrer com efeitos colaterais adversos.

Contudo, o discurso dos especialistas bate de frente com essa justificativa, sustentando que complicações graves são raríssimas e menos preocupantes que os sintomas da própria doença.

Quem confirmou isso ao Portal 6 foi a coordenadora da Triagem e Monitoramento de Covid-19 do GT Saúde da Universidade Federal de Goiás (UFG), Larissa Matuda Macedo.

Pesquisadora das áreas de fisiologia cardiovascular e biologia celular, ela explica que: “algumas complicações podem acontecer, mas a chance é muito pequena. São cerca de 16 casos a cada 1 milhão de vacinados, geralmente leves”.

A profissional reconhece ainda que um vacinado até pode ter inflamações no músculo do coração (miocardite) ou no tecido que reveste o órgão bombeador de sangue (pericardite), mas isso só ocorre em quem já tem a predisposição genética.

“Essas inflamações geralmente estão ligadas a alguma patologia [doença] que a pessoa possa ter no sistema imune, mas é muito, muito raro”.

“Além disso, a probabilidade de uma pessoa contaminada com o vírus sofrer essas inflamações é muito maior do que pela vacina. Em crianças e adolescentes, a chance é 20% maior”, complementou.

A especialista também lembrou que não há registro de morte em pacientes que tiveram miocardite causada pela vacinação no país. Já em relação à Covid-19, a taxa de letalidade varia entre 2 a 3 %

A forte queda nas hospitalizações e mortes, lembra Larissa, também é a maior prova de que os imunizantes funcionam e são seguros.

“Quando olhamos o momento atual, temos cerca de 70% da população brasileira vacinada com duas doses. Se o imunizante fosse realmente perigoso, esses 70% precisariam estar internados agora”, explicou.

Ela ainda apontou que a maior parte dos pacientes que estão acamados em hospitais e vindo a óbito são pessoas que não tomaram as doses contra Covid-19.

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