Bairro de Anápolis é ‘invadido’ por cobras e deixa moradores assustados

Ao Portal 6, Corpo de Bombeiros confirmou chamadas recorrentes e veterinária explicou o que deve ser feito para resolver o problema

A presença ocasional de cobras pelos bairros de Anápolis sempre foi uma constante na cidade.

Porém, um local muito específico tem sido alvo recorrente dos répteis de todos os tamanhos, formas e espécies nos últimos dias.

Se trata do Residencial Cerejeiras, setor localizado na região Leste do município. Lá, diversos moradores andam passando momentos de tensão e susto ao se deparar com a presença de serpentes andando pelas ruas ou até mesmo nas residências.

Em entrevista ao Portal 6, Ivaneide Alves contou que mora no bairro pelos últimos cinco anos e que o encontro com os animais está cada vez mais comum nos dias de hoje.

“Muitas vezes estamos andando pelas ruas e vemos todo os tipos de bicho: tamanduá-bandeira, lacraia, escorpiões, mas, principalmente, as cobras”, disse.

Segundo ela, a maior preocupação fica por conta das crianças, que gostam muito de brincar do lado de fora e ficam expostas aos perigos dos animais peçonhentos.

Ivaneide também destacou que é de praxe no bairro a decisão de ligar para o Corpo de Bombeiros sempre que algum “intruso” é visto passeando por lá.

À reportagem, o tenente da corporação, Licurgo Borges, explicou ser essa a escolha mais prudente em momentos do tipo.

“A principal orientação é isolar o local e acionar os bombeiros, via 193. Em hipótese alguma deve se tentar realizar algum procedimento com os animais”, destacou.

O oficial foi outro a confirmar a reincidência de chamados na região. “É bem comum, cerca de dois ou três ocorrências de cobra por semana”.

Licurgo explicou ainda que o tempo chuvoso é o período em que elas buscam abrigo e alimento, ficando mais suscetíveis ao encontro com seres humanos.

Neste cenário, locais com lixos, mato e entulhos devem ser evitados ao máximo, pois é em lugares assim que ratos e outros animais predados pelos répteis costumam andar.

O que pode ser feito?

O Portal 6 também conversou com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por meio da veterinária e doutora especialista em animais selvagens, Elisangela Sobreira, para saber o que poderia ser feito para controlar a situação.

Ela informou não ter recebido nenhuma notificação oficial do caso por meio da secretaria, mas se dispôs a ir presencialmente no setor para ajudar na situação.

“Só é possível tomar providências após conhecer precisamente o local, aí conseguimos analisar se tem algo em específico atraindo essas serpentes”, justificou.

“Assim, consigo ver qual é o problema e já fazer esse controle, caso tenha alguma alteração, pois já resolvemos o problema direto na raiz dele”, finalizou.