EUA prendem chefe da Yakuza acusado de tráfico de drogas e compra de mísseis

Ele planejava ainda traficar heroína e metanfetamina pelos Estados Unidos

Folhapress Folhapress -
Confrontos em presídio no Equador deixam ao menos 20 mortos (Foto: Divulgação/ Imagem ilustrativa)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Autoridades dos Estados Unidos prenderam nesta semana um homem acusado de ser um dos chefes da máfia japonesa Yakuza, sob acusação de distribuir drogas e comprar armas no país, incluindo os chamados mísseis superfície-ar (SAM, na sigla em inglês), projetados para abater aeronaves.

Takeshi Ebisawa, 57, segundo promotores federais em Nova York, tentou comprar mísseis para grupos rebeldes em Mianmar e no Sri Lanka em conversas com um um agente disfarçado do DEA, órgão americano antidrogas.

Ele planejava ainda traficar heroína e metanfetamina pelos Estados Unidos e comprar armas para proteger carregamentos das drogas, segundo a queixa divulgada na quinta-feira.

Ele foi detido junto de outros três homens, Sompak Rukrasaranee, Somphob Singhasiri e Suksan Jullanan, entre segunda e terça-feira. Jullanan tem dupla nacionalidade tailandesa e americana, enquanto Singhasiri e Rukrasaranee são cidadãos tailandeses. Eles podem ser condenados a penas de prisão perpétua, segundo os promotores.

Durante a investigação, Ebisawa disse ao agente disfarçado da DEA que Jullanan era um general da Força aérea tailandesa e Rukrasaranee era um oficial militar tailandês aposentado, de acordo com a acusação.

Investigados por agentes da DEA na Tailândia desde 2019, os homens organizaram a venda para um agente disfarçado de grandes quantidades de heroína e metanfetamina que viriam do rebelde Exército Unido do Estado Wa, em Mianmar, braço armado do governo da região autônoma da minoria étnica Wa.

Ebisawa, por sua vez, tentou comprar armas automáticas, lançadores de foguetes, metralhadoras e mísseis superfície-ar para os Tigres de Liberação do Tamil Eelam (LTTE), grupo armado do Sri Lanka, e para o Exército Unido do Estado de Wa, o União Nacional Karen e o Exército do Estado Shan, forças armadas das minorias étnicas que lutam contra o governo mianmarense.

Em 3 de fevereiro de 2021, Ebisawa e outro homem viajaram para Copenhague, onde um agente disfarçado da DEA e dois oficiais dinamarqueses disfarçados lhes mostraram armas militares dos EUA à venda, incluindo metralhadoras e mísseis antitanque, segundo a acusação.

Eles também mostraram a Ebisawa fotos e vídeos de mísseis Stinger que podem derrubar aviões. “Ebisawa e seus co-conspiradores fizeram acordos com um agente disfarçado da DEA para comprar armas pesadas e vender grandes quantidades de drogas ilegais”, disse o Departamento de Justiça. “As drogas foram destinadas às ruas de Nova York, e o armamento foi direcionado a facções de nações instáveis.”

O Departamento de Justiça não explicou como os quatro homens chegaram aos Estados Unidos quando foram presos em Nova York.

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