Roberto liga paralisação convocada pelo SINPMA ao PT e pede para professores não aderirem

Fala do prefeito ocorreu em visita a escola em reforma, no Polocentro. Sindicato quer reajuste de 33%

Rafaella Soares Rafaella Soares -
Roberto afirmou que reunião com Urban acontecerá na próxima semana. (Foto: Rafaella Soares)

Durante vistoria da reforma na Escola Municipal Pedro Nunes Moreira, no Polocentro, nesta quinta-feira (28), o prefeito Roberto Naves (PP) demonstrou indignação pela paralisação anunciada pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (SINPMA).

Em entrevista coletiva, o chefe do Executivo Municipal afirmou que a decisão é “absurda” e a única explicação seria que “essa movimentação é uma pré-campanha eleitoral.”

“Tenho certeza que os professores e pais de alunos não concordam com isso. Sabemos que tem um partido tentando voltar ao poder, mas não pode ir para rua, se não vai ser apedrejado. Então, eles usam as instituições que comandam. É pré-campanha para aqueles que sabemos que pertencem ao partido que quer voltar ao poder no Brasil”, afirmou.

“O pedido é que todos os professores possam trabalhar. Não façam isso com os pais que precisam trabalhar. Não façam isso com as nossas crianças, que já perderam cerca de 2 anos de ensino [por causa da pandemia]”, acrescentou.

Questionado pelo Portal 6 se pretendia se reunir com o SINPMA para tentar evitar a paralisação, Roberto disse que não.

“A conversa com o sindicato já tivemos lá atrás, que foi antecipar 18% quando nenhum município conseguiu dar isso. A gente entende que, por ser uma questão política, não tem nada a ver com a parte administrativa. Então, é uma decisão do sindicato e o que podemos fazer é conversar com os professores”, explicou.

Paralisação

O “Dia D” da Paralisação da Educação foi anunciado no final da quarta-feira (27) pelo SINPMA, após uma assembleia geral. A previsão é que uma movimentação aconteça no próximo dia 09 de maio, a partir das 08h, na frente do Centro Administrativo.

De acordo com o sindicato, a categoria espera receber um “retroativo referente a data-base dos anos de 2018, 2019 e 2020″ e que o reajuste de 18% seria referente apenas aos mesmos anos.

“A municipalidade gosta de dizer que ‘fez o dever de casa’, mas nós sabemos que não é verdade, pois o reajuste salarial deste ano é de 33,24% e não foi concedido aos professores e professoras da Rede Municipal de Ensino”, afirmou Márcia Abdala, presidente do SINPMA.

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