Bolsonaro recua de reajuste privilegiado para policiais e diz que tendência é de 5% para todos os servidores

Presidente disse que tem enfrentado dificuldade para cortar R$ 17 bilhões de gastos dos ministérios para abrir espaço no Orçamento a fim de dar reajuste aos funcionários públicos

Folhapress Folhapress -
Presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)

(FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou nesta quinta-feira (26) que irá recuar da ideia de dar reajuste salarial diferenciado para policiais e afirmou que a tendência é conceder aumento de 5% a todas as categorias.

O chefe do Executivo disse que tem enfrentado dificuldade para cortar R$ 17 bilhões de gastos dos ministérios para abrir espaço no Orçamento a fim de dar reajuste aos funcionários públicos e afirmou que movimentos grevistas não irão resolver o problema.

“Eu apelo aos servidores, reconheço o trabalho de vocês, mas a greve não vai ser solução, porque não tem dinheiro no orçamento. Eu sou o primeiro presidente a ter teto no Orçamento. Outros não tinham, poderiam reajustar, eu não posso”, afirmou.

Ele contou que ainda estuda de onde tirar verba para dar o aumento salarial e disse que um reajuste superior a 5% estouraria o teto dos gastos públicos e poderia levá-lo a cometer crime de responsabilidade.

“Não posso dar um corte linear. Tem ministério que tem programas estratégicos. Eu não posso, por exemplo, diminuir alguns programas da Defesa que são enquadrados como tal. Vou cortar onde? Saúde e educação? Vai ter que ser cortado de algum lugar”, disse.

O plano inicial do mandatário era dar reajuste maior a policiais em relação a outras carreiras. A ideia era dar aumento a integrantes da Polícia Rodoviária Federal para que o salário da categoria fosse equiparado ao de agentes da Polícia Federal e também a servidores do Departamento Penitenciário Nacional. Também chegou a ser cogitado aumento maior para a PF.

As dificuldades orçamentárias, no entanto, dificultaram a concretização do projeto de Bolsonaro. Além disso, há o temor que a concessão de aumento maior a categorias específicas desperte movimentos grevistas de carreiras que se sentissem injustiçadas.

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