Anapolina agredida em festa junina de Abadiânia aponta lesbofobia e pede Justiça

Segundo a jovem, ela e a namorada se beijaram no evento e já nesse momento tentaram expulsá-la da confraternização

Rafaella Soares Rafaella Soares -
Bruna ficou com ferimentos pelo corpo após agressão. (Foto: Arquivo Pessoal)

Com o corpo roxo, dolorido e na expectativa de que a justiça seja feita. Foi assim que a estudante Bruna de Araujo Belém, de 22 anos, passou toda a semana.

Moradora de Anápolis, ela esteve nesta sexta-feira (03) na Central de Flagrantes para registrar mais detalhes de uma agressão que afirma ter sofrido durante uma festa junina.

Ao Portal 6, a moça revelou que estava na confraternização, em uma chácara de Abadiânia, no último domingo (29), acompanhada de amigas e da namorada quando tudo aconteceu.

“Quando estávamos lá, eu e minha namorada nos beijamos na frente das pessoas, porque para nós isso é normal. Mas algumas não gostaram muito e os donos da chácara chegaram e pediram para gente sair. Não entendemos, porque não fizemos nada, e minhas amigas falaram que não íamos sair”, contou Bruna.

“Por volta das 02h, quando estávamos indo embora e minhas amigas já haviam entrado no carro, eu e minha namorada íamos para o estacionamento quando nos deparamos com três mulheres, sendo que uma delas já chegou me empurrando”, acrescentou.

Segundo a estudante, a suposta agressora afirmou que iria ensiná-la a “não mexer com o marido dos outros”. No entanto, a companheira afirmou que a alegação era impossível, já que as duas estavam juntas toda à noite.

“Foi aí que ela mudou a versão dela e ficou falando que eu tinha passado a mão na filha dela, que é adolescente. Mas isso nunca aconteceu”, garantiu a jovem, que disse ainda que o próprio marido da suspeita apareceu na sequência e também participou das agressões.

Bruna esteve horas depois na delegacia para registrar a situação, mas afirma ter sido orientada a não detalhar na ocorrência que estava na companhia de outra mulher.

 

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Ao buscar um advogado, porém, percebeu que só poderia se tratar de um caso de homofobia e, por isso, procurou mais uma vez as autoridades policiais para esclarecer melhor toda a história.

“Com certeza foi pelo beijo. Ficaram com raiva porque a gente não se retirou. Me chutaram na costela, fiquei roxa. Tem até o vídeo que mostra eu tentando conversar com eles. Não fiz nada do que disseram”, lamentou.

O caso, inicialmente, foi registrado na Polícia Civil como lesão corporal e deverá ser investigado pela Delegacia de Abadiânia.

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