O jardineiro de Goiânia que é exemplo de força de vontade, garra e determinação

Cego há cinco anos e trabalhando diariamente até às 22h, ele decidiu ignorar todos os empecilhos para realizar o seu grande sonho

Aglys Nadielle Aglys Nadielle -
(Foto: Reprodução)

Rogério Gomes tem 41 anos nasceu com uma doença nos olhos conhecida como “glaucoma congênito”, começou a perder a visão ainda na infância e há cinco anos ficou totalmente cego.

Jardineiro na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) há 16 anos, o homem surpreende a todos com a enorme força de vontade e garra.

Sonhador, ele sempre correu atrás do que queria, ignorando qualquer empecilho. Enquanto desempenha a função de jardinagem, ele também estuda – à distância – em uma faculdade particular, onde faz o curso de Pedagogia.

A graduação não era oferecida em braille, então Rogério precisou superar mais um desafio. Já que os materiais não eram acessíveis, ele decidiu gravar as aulas e anotar tudo que os professores falavam, fazendo todo o possível para não desistir.

“Gravo a aula e gravo também [em áudio] os textos das apostilas que estou estudando”, disse o jardineiro, que também contou sobre a filha e a esposa o ajudarem lendo as apostilas em voz alta.

O homem começa a rotina de trabalho às 06h da manhã e para apenas às 22h. Mesmo se dedicando tanto, Rogério se viu sem saída e precisou trancar o curso para aliviar as dívidas.

Foi quando isso aconteceu que um dos amigos teve a ideia de unir forças com outros colegas para apoiar a causa do jardineiro sonhador que todos admiravam.

De surpresa, eles fizeram uma rifa para ajudar a custear a mensalidade da faculdade, para que assim, ele pudesse se formar e realizar o desejo de ser professor de Braille.

“E deu super certo! Conseguimos comover e motivar o pessoal e foi um mutirão instantâneo. Conseguimos colocar as dívidas da universidade em dia”, disse o gari José Evangelista Moreira. A rifa foi totalmente vendida em duas semanas.

Orgulhoso do amigo, João afirma que trata Rogério como filho e jamais o deixaria desistir do próprio sonho. “Quando ele decidiu estudar e se empenhou para isso, também demos todo o nosso apoio”, completou”

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