Polícia da Espanha prende traficantes que usavam drones submarinos para transportar drogas

Três embarcações do tipo foram apreendidas, duas delas ainda em fase de construção e uma terceira já perto de ser concluída

Folhapress Folhapress -

A polícia da Espanha anunciou nesta segunda-feira (4) a prisão de um grupo de oito criminosos que desenvolvia drones submarinos para transportar drogas através do Estreito de Gibraltar, entre o continente europeu e o norte da África, segundo a investigação.

De acordo com a corporação, esta foi a primeira vez em que um drone submarino foi utilizado para o tráfico de entorpecentes. Três embarcações do tipo foram apreendidas, duas delas ainda em fase de construção e uma terceira já perto de ser concluída.

“Construíam esses veículos de maneira artesanal, além de implantarem ‘fundos duplos’ em veículos, e encontrar outros meios para ocultar o transporte de entorpecentes”, informaram as autoridades.

Segundo os investigadores, os detidos tinham clientes de toda espécie de organizações criminosas e operavam sua montagem em plantas industriais de Cádis, no sudoeste da Espanha.

A investigação teve início em abril do ano passado, quando a polícia descobriu que o grupo era responsável pelo suprimento técnico e logístico de outras quadrilhas. Além dos drones submarinos, o grupo também desenvolvia outros veículos com capacidade de carga que variava entre 150 e 200 kg.

Durante os 14 meses de investigação, a polícia identificou que os criminosos tinham clientes em países como Itália, Dinamarca e França, além de diversas regiões da Espanha.

Segundo a polícia, oito pessoas foram presas nas cidades de Cádis, Málaga e Barcelona e serão indiciadas por tráfico de drogas e associação criminosa. Além disso, foram apreendidos 145 kg de haxixe, 8 kg de maconha, mais de EUR 150 mil (R$ 832 mil) em espécie, 10 veículos e seis drones aéreos com autonomia para percorrer 30 km.

No escopo da mesma investigação, a polícia afirmou ter identificado uma série de pessoas, em sua maioria marroquinos e dinamarqueses, que estaria enviando quantidades significativas de haxixe do Sul da Espanha ao norte da Europa. O destinatário dessas remessas de droga seria uma organização criminosa norte-africana, denominada Mocro-Máfia, diz a polícia.

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