Estudo da UFG mostra que vacina BCG pode reduzir casos de Covid-19

Hipótese existia desde o início da pandemia e levantamento da universidade reforçou correlação

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Cobertura vacinal contra Poliomielite ainda é baixa em Anápolis (Foto: Divulgação/Prefeitura de São Gonçalo)

Um estudo feito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) descobriu uma relação entre a vacina Bacillus Calmette-Guérin, a BCG, com a menor incidência de casos de Covid-19.

A hipótese levantada ainda no início da pandemia de coronavírus sugeria que o imunizante, ao ativar células Natural Killer (NK), poderia evitar casos mais graves da doença e até diminuir a incidência de casos.

Foi então que pesquisadores da UFG se reuniram e criaram o projeto “BCG-COVID-19”, com a participação de professores do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP-UFG) e da Faculdade de Medicina (FM-UFG).

Durante 180 dias, 400 voluntários escolhidos de forma aleatória foram revacinados com a BCG e monitorados com exames de sangue, testes de Covid e teleconsultas.

Para participar, eles precisavam ser profissionais da área da saúde, maiores de 18 anos e estarem expostos ao corona vírus por pelo menos 8h por semana.

Ao final dos estudos, concluiu-se que a vacina BCG não teve poder de ativação das NK nos primeiros 20 dias. Mas, de alguma forma, interferiu no baixo índice de contaminação dos revacinados.

Agora, a Universidade deve seguir com os estudos para descobrir quais células foram ativadas contra o coronavírus.

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