Mendanha descarta união com Marconi por ora: “eu ficaria com um alvo estampado na testa”

Diálogo entre as bases dificulta parceria entre os opositores da atual gestão, segundo o ex-prefeito

Emilly Viana Emilly Viana -
Gustavo Mendanha, do Patriota. Foto: Reprodução / Portal 6)

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e pré-candidato ao Governo de Goiás, Gustavo Mendanha (Patriota), afirmou que considera “ruim”, no atual cenário, uma aliança com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Para ele, o momento pede várias candidaturas.

“Com a polarização, eu ficaria com um alvo estampado na testa. Eu já sofri muito com fake news e ataques por parte do Governo [Estadual], que tenta reduzir o trabalho que fizemos em Aparecida. E mais do que isso: no momento, nós precisamos ter várias candidaturas”, argumenta.

Em sabatina do Portal 6 com os postulantes aos cargos majoritários nas eleições deste ano, nesta segunda-feira (18), Mendanha também vê dificuldade no diálogo com as bases. “Sempre tive respeito pelo ex-governador, mesmo não tendo votado nele. Mas acho que uma união seria ruim neste primeiro momento, pois nós teríamos muita dificuldade das bases entenderem essa parceria”, justifica.

Atualmente, o ex-prefeito conta com o apoio de seis partidos. A candidatura será lançada em 05 de agosto, em convenção partidária do Patriota. “Eu já me sinto satisfeito, mas daqui até a data muita coisa pode acontecer e muitas siglas podem aderir. Mas seis já é um número bom para começar este pleito”, declara.

Redução no ICMS

Mendanha voltou a criticar o governador Ronaldo Caiado (DEM) em relação à redução do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre os combustíveis.

“Foi o presidente da República que, a todo o momento, cobrou que os governadores dessem a contribuição. Ele teve que tomar uma medida, primeiro o congelamento do ICMS, depois a redução, e logo uma alíquota única para todo o país. O governador vem agora tentar surfar nessa onda”, declara.

Se eleito, o pré-candidato diz que dará continuidade à medida, que está prevista para terminar no fim do ano. “Eu acho que os 17% ameniza um pouco, e também não se perde a receita, que deve ser bem investida”, enfatiza.

Além disso, Mendanha quer criar um projeto de cashback do ICMS, em que o imposto retornaria ao bolso de alguns consumidores. “É uma medida para devolver, principalmente para as pessoas mais carentes, essa taxação que ele paga. De certa forma, vai amenizar o preço da cesta básica”, conclui.

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