Cresce número de pedidos de visto de estudante por moradores de Goiânia

Motivo, porém, não é crescimento na quantidade de estudantes aprovados em instituições internacionais

Emilly Viana Emilly Viana -
Especialista deu dicas de como se preparar para o processo. (Foto: Divulgação/ Ministério das Relações Exteriores).

Após a pandemia, a empresária Elizabeth de Souza viu a demanda por vistos de estudante para os Estados Unidos quase dobrar. Proprietária da Assessoria Internacional, ela conta ao Portal 6 que o número explodiu com a volta das autorizações, paralisadas de 2020 até março do ano passado.

“Eu sempre fiz visto de estudante, mas de lá para cá teve um aumento de 40% a 50% nos pedidos que chegam para nós. Além dos Estados Unidos, também cresceu a procura por esse tipo de visto para Portugal e para o Reino Unido”, revela.

O motivo, porém, não está relacionado com o número de goianos que conseguem vagas em instituições internacionais. No caso deles, segundo a empresária, a demanda se manteve estável. “Continua do mesmo jeito. O que mudou é que muita gente passou a tentar tirar o visto de estudante para viajar ou até morar temporariamente no país, já que ele é menos burocrático”, explica.

Diferentemente do visto de turismo, que está demorando mais de um ano para ser emitido, os vistos de estudo e intercâmbio estão com prazos muito menores, de apenas poucos dias. “Enquanto um estudante consegue realizar a etapa em no máximo 60 dias, o turista que quiser tirar a autorização terá de esperar até, no mínimo, outubro do ano que vem”, afirma.

Ariel Leão, administrador da Quero Meu Visto, também testemunhou tentativas de burlar a regra. Ele alerta que a manobra tem afetado, inclusive, a avaliação. “Isso fez com que os avaliadores ficassem mais rigorosos. Estão sendo ainda mais criteriosos nas entrevistas”, relata.

Dicas

Segundo o administrador, os procedimentos são semelhantes ao do visto de turismo. “O mais importante é comprovar os vínculos. Mostrar que ele não tem intenção nenhuma de morar lá”, aconselha.

Além disso, ser honesto é fundamental. “Sempre, sempre falar a verdade. Os avaliadores são treinados para analisar mentiras, seja pela postura corporal ou pela comprovação de documentos. Então nada de inventar coisas e achar que isso vai te favorecer”, adverte.

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