Promotoria de Anápolis pede que fardas de policiais militares tenham câmeras

Ação civil pública destaca aumento no número de mortes em ação de PMs na cidade

Aglys Nadielle Aglys Nadielle -
Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO). (Foto: divulgação)

O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da Promotoria de Anápolis, protocolou uma ação civil pública que pede a implantação de câmeras nas fardas e viaturas da Polícia Militar.

A peça, assinada por oito promotorias com atribuição de controle externo da atividade policial, cita o aumento de mortes em confrontos na cidade e também a dificuldade em investigar tais casos.

De acordo com a solicitação, houve 66 mortes por policiais militares em Anápolis nos últimos três anos. A ação cita ainda que o Grupo de Investigações de Homicídios de Anápolis (GIH) abriu 71 inquéritos desde 2018 para apuração, mas apenas dois foram solucionados.

O exemplo usado pelos promotores é o de Santa Catarina, São Paulo e Rondônia. Os estados tiveram uma redução em 60% do uso da força policial depois da instalação de câmeras.

Ainda segundo o MP, a ação é para que haja mais transparência nas abordagens. Além das câmeras, o órgão pede também a implantação de GPS em todas as viaturas.

O MP pede que o Governo de Goiás tome uma providência sobre os altos índices de mortes por PMs, principalmente em Anápolis. Em contrapartida, o atual governador Ronaldo Caiado afirma que a mudança solicitada não é uma prioridade.

Em sabatina no Jornal O Popular, Caiado afirmou que no momento dará preferência a instalação de câmeras nas ruas e nos presídios, pois os recursos são ‘finitos’. Ele afirmou também que os casos citados pelo MP aconteceram quando o estado estava ‘dominado pela bandidagem’, mas que Goiás terá os menores índices do Brasil.

Os promotores alegam que o custo não é alto, principalmente se comparar ao “inestimável valor da vida humana”. No Rio de Janeiro, o estado adquiriu 22 mil câmeras corporais, cada uma por $296.

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