Por que Márcio Corrêa ficou fora da Câmara dos Deputados mesmo tendo mais votos que outros eleitos

Resposta está na chamada regra do voto proporcional, que difere da eleição majoritária

Pedro Hara Pedro Hara -
Márcio Corrêa foi o 16º candidato a deputado federal mais votado. (Foto: Divulgação)

Candidato a deputado federal, Márcio Correa (MDB) somou 59.829 votos no último domingo (02). Apesar da votação expressiva, ele ficou de fora da relação de eleitos para a Câmara.

Em números absolutos, Márcio teve mais votos que os eleitos Jefferson Rodrigues (Republicanos), Ismael Alexandrino (PSD) e Lêda Borges (PSDB).

Ele foi o 16º mais votado no estado, sendo o 1º suplente do MDB na Câmara dos Deputados. Os eleitos do partido foram Célio Silveira, com 92.469 votos, e Marussa Boldrin, com 80.464.

Então por que, mesmo tendo mais votos, ele não foi eleito? A resposta está na chamada  regra do voto proporcional.

Diferente da eleição para os cargos majoritários, onde ganha o mais votado, no voto proporcional, a escolha do eleitor não vai só para o candidato, mas também para o partido ao qual ele é filiado, criando assim o chamado quociente eleitoral.

O quociente eleitoral é a soma dos votos válidos dividido pelo número de cadeiras que cada estado tem na Câmara dos Deputados ou nas Assembleias Legislativas.

No cenário federal, Goiás possui 17 cadeiras na Câmara. O cálculo é realizado somando todos os votos para a Casa, depois o número é dividido pelo total de cadeiras a serem preenchidas.

Logo depois é criado o quociente partidário, que é o resultado do número de votos válidos obtidos, pelo partido isolado ou pela coligação, dividido pelo quociente eleitoral.

Apenas partidos isolados e federações que atingem o quociente eleitoral têm direito a alguma vaga na Casa.

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