Caiado é assertivo em reprimir golpistas e ação rende aproximação política, diz especialista

Especialista em Segurança Pública avalia decisões do governo do ponto de vista técnico e político

Emilly Viana Emilly Viana -
Caiado em reunião com seguranças públicas. (Foto: Divulgação / Governo de Goiás)

As decisões tomadas pelo governador Ronaldo Caiado (UB) para ajudar a punir os golpistas que vandalizaram as sedes dos três poderes em Brasília, neste domingo (08), são “assertivas” e contém mensagem política. A análise é do professor Edemundo Dias, ex-delegado Geral de Polícia Civil do estado e especialista em Segurança Pública.

“Os governos estaduais dependem muito do federal. Então, no meu entender, há uma aproximação com o novo governo. Quando era parlamentar, Caiado nunca teve esse alinhamento com gestões anteriores de Lula, mas sendo governador o cenário muda”, avalia.

Na manhã desta segunda-feira (09), Caiado se reuniu com os líderes das forças de Segurança de Goiás e definiu as ações do Governo Estadual frente aos atos antidemocráticos praticados na capital federal. Na ocasião, ele aproveitou para reforçar que, mesmo sendo oposição a Lula, reforçaria as ações contra os crimes praticados na capital federal.

“Ninguém no Brasil tem mais história de oposição política à esquerda e ao PT que Ronaldo Caiado, existe essa luta desde 1985, mas eu jamais na minha vida admiti qualquer momento que houvesse a quebra do respeito ao estado democrático”, afirmou o governador.

Apesar disso, do ponto de vista da Segurança Pública, o professor avalia que Caiado tem acertado nas medidas para reprimir novos ataques. “Foram atos muito gravosos e estão tipificados em lei que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro assinou em setembro de 2021. A cooperação nacional é fundamental e deve ocorrer punição correspondente, então agir rápido e colocar as forças à disposição é muito assertivo da parte dele”, ressalta.

Edemundo indica, ainda, quais devem ser os próximos passos. “Agora é tentar uma pacificação e agir com bastante cuidado. Acionar as áreas de inteligência para prever atos que possam vir posteriormente, pois não basta reprimir o que vier, é preciso antecipar. Sempre com intenção de pacificação da nação ou não há desenvolvimento”, opina.

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