Sem data base, motoristas da Urban podem entrar em greve em Anápolis

Sindicato que representa a categoria convocou assembleia geral para esta semana e não descarta paralisação

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Urban é a concessionária do transporte coletivo em Anápolis (Foto: Divulgação)

Caso nenhuma atitude definitiva seja tomada pela empresa, os trabalhadores associados da Urban, responsável pelo transporte coletivo de Anápolis, podem iniciar uma greve geral, anunciou a Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Município de Anápolis  (Sittra) em uma convocação.

Para tentar enfim conseguir algum acordo com a companhia, uma Assembleia Geral Extraordinária está marcada para acontecer neste domingo (15).

Se na oportunidade a empresa não oferecer nenhuma proposta aos trabalhadores, é possível que se inicie uma grave geral que irá afetar diretamente o transporte público da cidade.

Ao Portal 6, o presidente da Agência Reguladora Municipal (ARM), Robson Torres, revelou que foi informado da possibilidade de uma paralisação ainda no ano passado, época em que fez o que podia para tentar impedir que essa situação ocorra no município.

“Fui informado ano passado da possível paralisação e corri com minha parte. Dei a manifestação que concordo com o repasse de R$3,5 milhões pelos cálculos da ARM até Dezembro. E agora em 2023 o restante. Esses R$ 3,5 milhões já serviriam para a Urban manter o aumento requerido pelos motoristas”, apontou.

Presidente do Sittra, Adair Rodrigues, mais conhecido como Arrojado, contou ao Portal 6 que em abril elaboraram uma proposta para a companhia de transporte, no entanto, desde então nada foi feito. Os funcionários chegaram até mesmo a aguardar passar o período eleitoral, mas perceberam que agora já deu de espera.

“A nossa data base é 1º de junho de cada ano. Em abril nós fizemos a nossa reinvindicação e mandamos para a Urban, mas até o momento não temos nenhuma contraproposta”, afirmou.

“Como veio aí eleição, Copa do Mundo, ai nós demos um tempo para não misturar uma coisa com a outra. Então, hoje não tem mais como esperar. Nós não temos contraproposta na mão e esse é um pedido nosso retroativo ainda de 1º de junho”, completou.

Segundo o presidente do sindicato, a reinvindicação é um reajuste linear de 15% retroativo a 1º de junho de 2022, um ticket alimentação no valor de R$28,11 por dia trabalhado, um prêmio permanência de 5%, além de 7% do exercício da função de cobrador ao motorista.

Adair Rodrigues ainda reforça que por já ter sete meses de atraso desde o vencimento da data base, este fato comprova que os trabalhadores estão há um longo tempo em busca de um acordo.

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