Prefeitura de Anápolis vai negociar reajuste salarial com professores
Discussões ainda não começaram por conta de troca na pasta da Educação, mas devem ser tratadas já na próxima semana
Rafael Tomazeti -
A Prefeitura de Anápolis vai negociar o reajuste salarial dos professores. A administração não garante o pagamento integral do valor, mas admite elevar os vencimentos após o Ministério da Educação oficializar um aumento de quase 15% no piso nacional do magistério.
As conversas ainda não começaram, uma vez que houve troca recente na Secretaria de Educação, com saída de Eerizania Freitas e o retorno de Alex Martins. Contudo, o assunto deve ser debatido a partir da próxima semana.
O prefeito Roberto Naves (PP) garante que os professores do município não receberão abaixo do piso, fixado agora em R$ 4.420,55 pelo Governo Federal. O pagamento cabe às gestões estaduais e municipais.
Prevendo um impacto de R$ 19,4 bilhões, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) orientou prefeitos de todo país a ‘ignorar’ o reajuste do MEC.
Em Goiás, o presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), Haroldo Naves, afirmou que “em um cenário hipotético, pagar esse aumento, seria o caso de fechar unidades de saúde e demitir servidores” e disse ainda que reajustar os salários neste percentual iria “agravar a crise fiscal” das prefeituras.
Por outro lado, a secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli, afirmou que, a nível de estado, ‘algum reajuste deve ter’ para os professores.
As discussões em Anápolis devem envolver, além da Prefeitura, o sindicato que representa a categoria. No ano passado, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou aumento de 33,24%. Na ocasião, o Centro Administrativo alegou que os profissionais da cidade já tinham remuneração acima do piso e não reajustou os vencimentos, apesar dos protestos de entidades sindicais.
