Chuvas intensas fazem reservatórios em Goiás ficarem com capacidade quase no limite

Apesar de indicar boa produção de eletricidade, preenchimento das barragens pode gerar riscos à população

Augusto Araújo Augusto Araújo -
(Foto: Reprodução / Furnas).

Com as fortes e constantes chuvas que caem em Goiás no início de 2023, o nível de água nos principais reservatórios goianos estão com as capacidades quase no limite.

No caso da usina de Corumbá IV, que abastece os município no Entorno do Distrito Federal (DF), esse índice já atingiu 100%, conforme os registros da Agência Nacional das Águas (ANA), atualizados desta quarta-feira (15).

Outros sistemas também estão muito próximos dessa porcentagem, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Itumbiara (96%) e São Simão (95%) são dois exemplos que se destacam.

A capital de Goiás também não foge disso. O reservatório do Ribeirão João Leite, que abastece Goiânia, está com 97% de capacidade ocupada, segundo os dados da plataforma Sala de Situação da Saneago, referentes ao dia 09 de março.

Por fim, a usina de Cana Brava, em Cavalcante – cidade no extremo Norte goiano – estava com 94% do potencial ocupado.

Outros reservatórios no estado também chamaram a atenção pelo preenchimento recente, apesar de não estarem tão próximos dos 100%.

Dentre eles, podemos destacar a usina da Batalha, em Cristalina – região de divisa com Minas Gerais (MG) -, com 85% e a da Serra da Mesa, em Minaçu (Norte goiano), com 75%.

Problemas

Apesar dos números indicarem um bom abastecimento de água e uma grande produção de energia hidroelétrica, há algumas preocupações que surgem com índices tão altos de preenchimento nos reservatórios de Goiás.

Isto porque, se não forem tomados os devidos cuidados, o volume de água pode transbordar, invadindo as cidades abastecidas pelo sistema hídrico.

Além disso, as barragens podem acabar se rompendo, como aconteceu em Rio Verde (Sudoeste de Goiás), nesta quarta-feira (15).

Para evitar situações semelhantes, alguns reservatórios já estão abrindo as comportas. A hidrelétrica de Itumbiara, no Sul do estado, foi uma que fez o procedimento, escoando o excesso de água e garantindo a segurança no local.

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