Vereadora quer que Anápolis promova ações para cuidar da saúde mental de mães

Objetivo é que município busque parcerias e ações ocorram sempre no mês de maio

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Projeto de lei f (Foto: Reprodução/Ismael Vieira)

A vereadora Andreia Rezende (SD) apresentou um projeto de lei para a instituir em Anápolis o Maio Furta-cor. O mês, escolhido por conta do Dia das Mães, seria um período dedicado para a promoção da saúde mental materna.

Maio Furta-cor tem como objetivo a conscientização e incentivo ao cuidado da saúde mental das mães, por meio de ações como reuniões, cursos, palestras, oficinas, seminários, distribuição de material informático e mais.

O texto, conforme justificativa da parlamentar, foi criado diante dos crescentes índices de depressão, ansiedade, esgotamento e suicídio entre as mães.

Assim, a cor escolhida para representar o mês foi furta-cor porque “a tonalidade se altera de acordo com a luz que recebe, não havendo uma cor absoluta para aquele que lança o olhar. No espectro da maternidade não é diferente, nele cabem todas as cores”, afirma Andréia no documento.

A vereadora destacou que, além de existir um estigma em torno da saúde mental, sobretudo na esfera da maternidade, a pandemia piorou a situação. Isso considerando as inúmeras mortes e aumento de mães enlutadas.

Entre as causas da piora da saúde mental de mães ao redor do mundo no período da pandemia, estão: escolas fechadas, famílias fragmentadas, tripla jornada de trabalho, reduções e disparidades salariais, desemprego, aumento dos índices de violência doméstica e feminicídio.

Diante desse cenário, o projeto de lei destaca que a falta de tratamento aumenta os riscos de suicídio, infanticídio, psicose e transtorno afetivo bipolar, o que afeta o vínculo mãe e filho, um dos fatores que contribuem para adultos adoecidos.

Vale ressaltar que a vereadora destacou que 3,7% das mulheres tiram a própria vida no puerpério a cada 100 nascidos. Segundo IBGE, 11 milhões de mulheres são mães solos desde 2022 no Brasil, o que contribui para a sobrecarga.

Além disso, 01 em cada 05 mulheres apresentam depressão após um ano do bebê ter nascido, segundo índice do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

O reconhecimento da causa se deu em razão da campanha do mesmo propósito, promovida pela Dra. Nicole Cristino, psicóloga clínica e perinatal, e a Dra. Patrícia Piper, médica psiquiatra e psicoterapeuta que atua com perinatalidade.

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