Prefeitura superfaturou compra de testes de Covid-19 e pagou R$ 450 mil por vídeos plagiados, diz PF

Operação Últimos Atos cumpriu mandados de busca e apreensão em Luziânia e Goiânia

Pedro Hara Pedro Hara -
Operação foi deflagrada pela Polícia Federal. (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (05) a Operação Últimos Atos, que investiga supostos desvios de recursos enviados pela União ao município de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, em 2020.

De acordo com a PF, a prefeitura do município superfaturou a compra de testes de Covid-19 e pagou R$ 450 mil por vídeos plagiados.

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Luziânia e Goiânia. As medidas foram concedidas pela 11ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Goiás.

Durante as investigações ficou constatado um superfaturamento de 64% na compra de testes de Covid-19.

Foram pagos R$ 1,95 milhão pela compra dos itens a uma empresa de Goiânia. No entanto, a quantidade recebida era o equivalente a R$ 500.500.

Uma empresa da capital recebeu R$ 450 mil para a produção de vídeos institucionais. No entanto, o serviço não foi entregue.

Após ser provocada, o estabelecimento apresentou sete vídeos que, supostamente, haviam sido produzidos. Porém ficou constatado que as peças mostradas eram montagens ou plagiadas de outros estados do país.

Somados, o prejuízo aos cofres públicos foi de mais de R$ 1,6 milhão. À época, a gestão de Luziânia era comandada por Cristóvão Tormin (Patriota).

Em nota a imprensa, a Prefeitura de Luziânia afirmou que está colaborando com as investigações e que recebeu com perplexidade a informação de que recursos foram desviados durante o período da pandemia de Covid-19.

A Administração Municipal também pediu punição aos responsáveis caso os crimes sejam realmente comprovados.

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