Comércio de roupas plus size cresce em Anápolis, mas ainda há barreiras

Apesar de ter entrado no catálogo de diversas lojas, a padronização com roupas mais 'caretas' ainda incomoda

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Déborah Brito, mais conhecida como Pequena Notável, é influencer em Anápolis. (Foto: Arquivo Pessoal)

Enquanto a presença de corpos ‘reais’ nas passarelas ao redor do mundo ainda não é a ideal, dentro dos últimos três anos, Anápolis vem quebrando barreiras e trazendo uma maior representatividade para a moda.

Isso porque até pouco tempo atrás, era difícil encontrar roupas com tamanhos fora dos convencionais na cidade. Agora, já não é mais necessário andar tanto para achá-las.

Influenciadora digital, Déborah Brito, mais conhecida como Pequena Notável, contou ao Portal 6 que principalmente por sempre gostar de looks mais fashionistas, as vezes era preciso mandar fazer por não encontrar peças que se adequassem ao corpo.

No entanto, ela conta que felizmente a realidade mudou. Os lojistas passaram a entender a importância da representatividade e buscam cada vez mais colocar no catálogo roupas que se enquadram em diferentes estilo, tamanhos e modelos.

Mas, a Pequena Notável também destaca que no momento, nem todas as lojas da cidade se adaptaram a necessidade de atender aos mais diversos públicos.

“Nem todas as lojas se enquadraram a isso, algumas ainda se limitam aos looks para o corpo padrão e acham que nós é que temos que nos encaixar, e não é bem assim. O mercado é que tem que se adequar a gente”, argumenta.

Por outro lado, Vanessa Correia conta não acreditar que realmente ocorreu uma mudança significativa, já que percebe que as roupas Plus Size costumam ter um estilo mais “careta”, não atendendo todos os gostos.

“Pensando no cenário de Anápolis, eu acredito que a mulher gorda em geral não tem muitas opções e não consegue escolher com base no estilo pessoal. A gente acaba tendo que comprar o que serve e se contentar com isso”, destacou.

À frente do marketing e da área de vendas da loja Costura Fina, Carlla Duarte contou à reportagem que as peças possuem uma alta demanda na cidade e chegaram ao comércio justamente por pedidos das próprias clientes.

Todavia, Carlla reforça que mesmo com a expansão do mercado, continua existindo uma certa dificuldade para encontrar peças joviais e com um bom custo benefício para atender a demanda de pedidos.

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