O pouco que você tem é o muito pra quem não tem nada. Valorize isso!

"Aprendi um conselho: “Seja fiel no pouco, que no muito te colocarei”. Ora! Então “o pouco” é transitório, é uma fase que se formos fiel naquilo que temos, vai passar e vamos para um nível mais alto. “O pouco” é um processo, e não o destino final"

José Fernandes José Fernandes -
(Foto: Ilustração)

Um homem de 92 anos, outro de 42 anos e uma mulher de 32 anos. Eles não se conheciam e os três se encontraram hoje. O mais velho suicidou-se com um único tiro de arma de fogo no coração. A mais nova faleceu supostamente por overdose. O outro não suicidou. Sou eu mesmo. Nos encontramos em uma sala de necropsia.

Não tenho a pretensão de explicar tudo o que levou a acontecer essa catástrofe, até porque é muito triste e nem sei das causas externas. Mas faço questão de deixar algumas reflexões.

Dentre as possíveis causas de suicídio, temos: depressão, uso de drogas, problemas amorosos e familiares, traumas emocionais, diagnóstico de doenças e outros. São condições muito sérias e se não identificarmos os sinais de que a pessoa quer tirar a própria vida, não buscar ajuda de profissionais da saúde, manter o contato com amigos e familiares, fatalmente encontraremos mais pessoas na sala de necropsia.

Aprendi um conselho: “Seja fiel no pouco, que no muito te colocarei”. Ora! Então “o pouco” é transitório, é uma fase que se formos fiel naquilo que temos, vai passar e vamos para um nível mais alto. “O pouco” é um processo, e não o destino final.

O problema está quando focamos “no pouco” e não abrimos a mente para as possibilidades do futuro. Focamos tanto na limitação, que não vemos nada no futuro, ficamos paralisados e alguns desistem de viver, como os dois casos citados de hoje.

Você quer comprar uma casa, e o pensamento vem: “Quem me dera, não tenho dinheiro nem para a entrada”. Você quer mudar sua vida financeira, e o pensamento vem: “Quem me dera, eu ganho pouco e tenho muitas dívidas”. Você foca só no pouco que tem!

Christine Ha é deficiente visual. Apesar dessa limitação e de nunca ter estudado gastronomia, teve força e determinação. Usando os outros sentidos (tato e paladar) foi a vencedora do Programa Masterchef nos Estados Unidos. Ela não ficou só na sua limitação.

Termino aqui dizendo a todos, inclusive aqueles com mentalidade suicida, duas aplicações práticas:

1) O pouco que você tem, é muito pra quem não tem nada.

2) O seu pouco não deve ser o seu limite.

É isso!

José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo MDB. Escreve todas às sextas-feiras. Siga-o no Instagram.

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