MP recorre à Justiça para evitar fechamento da Santa Casa de Anápolis

Segundo promotor, o hospital apresenta déficit mensal de mais de R$ 1,5 milhão porque está tendo os serviços do SUS subfinanciados pelo município e estado

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Vista aérea da Santa Casa de Anápolis. (Foto: Divulgação)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) entrou com uma ação na Justiça determinando que o Estado de Goiás e o município de Anápolis custeiem parte dos serviços prestados pela Santa Casa de Anápolis.

Dessa forma, caberia ao Poder Público contribuir financeiramente para garantir a continuidade e qualidade de serviços de UTIs, clínica médica e emergência obstétrica na unidade de saúde.

Segundo o titular da 9ª Promotoria de Justiça (PJ) de Anápolis, o promotor Marcelo de Freitas, existe um risco iminente de colapso e paralisação das atividades por parte do corpo clínico na Santa Casa.

Isso porque os profissionais estão há meses trabalhando em meio a constantes atrasos no pagamento do salário.

Ainda segundo Marcelo, a Fundação de Assistência Social de Anápolis (Fasa), mantenedora da unidade de saúde, estaria sofrendo um prejuízo de R$ 1,5 milhão por mês.

Isso porque ela receberia em média R$ 3,1 milhão de repasses do poder Federal e cerca de R$ 899 mil do poder Estadual, o que não seria suficiente para financiar as despesas.

Além disso, a 9ª PJ apontou que outras unidades de saúde públicas estariam recebendo valores 50% maiores do que o que a Fasa recebia para a manutenção diária das UTIs.

Diante das provas, o MP afirmou haver indícios suficientes de subfinanciamento público dos serviços realizados na Santa Casa.

Assim, ele pede que sejam impostas ao município de Anápolis e à Secretária Municipal de Saúde (Semusa)a obrigação de compor e instalar, no prazo de dez dias úteis, uma comissão de acompanhamento da contratualização.

Em caso de descumprimento, a Semusa receberá uma multa no valor de R$ 1 mil por dia de atraso.

O requerimento do MP determina ainda que a Fasa deverá realizar uma auditoria e repassar os valores que o Estado de Goiás e Anápolis deverão pagar para cumprir a diferença necessária para o funcionamento da Santa Casa.

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