Usuários do transporte público da Grande Goiânia reclamam de superlotação

Além do empurra empurra e atrasos, furtos e mudança na rotina fazem parte do dia a dia

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
(Foto: Reprodução/Secretaria da Mulher do DF)

Diariamente, 500 mil pessoas fazem uso do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia. Ao todo, são 1.257 ônibus que percorrem 217 quilômetros por dia. Os dados são da RedeMob.

Nesse emaranhado de linhas e particularidades do transporte público, um deles tem horário marcado para acontecer: a superlotação. Entre às 06h e 08h e 17h às 19h, o cenário é de ônibus lotado, o que acarreta em uma série de desdobramentos. De quebra, algumas linhas são consideradas ainda mais ‘apertadas’.

Ao Portal 6, a CMTC afirmou que o número de veículos é o suficiente para a demanda de 397 pessoas por ônibus, em média. “Para desafogar o horário de pico, que é normal em todos os lugares do mundo, acrescentamos viagens de acordo com o necessário”.

No entanto, passageiros contam outra história. Entre as linhas com mais reclamações, destacam-se a 035, que sai do Terminal Garavelo em direção à Praça do Trabalhador; a 175, do Terminal Bandeiras até a Praça da Bíblia; a 026, que transita entre o Terminal Bandeiras e a região do Flamboyant Shopping Center e o Eixo Anhanguera, que faz ligação entre os extremos Leste e Oeste de Goiânia.

Um caso recente demonstra a realidade de quem conta com as linhas mais demandadas nos horários de pico na capital para realizar as tarefas diárias. Na hora do empurra empurra estimulado pela falta de ônibus, uma mulher caiu da plataforma do Eixo Anhanguera, no Terminal Novo Mundo.

Na queda, ela quebrou o tornozelo e teve fratura exposta. De acordo com o assessor de comunicação, Alan Diones, de 26 anos, cenas do tipo não são inesperadas ao considerar as consequências da superlotação.

“Acontece de não ter ônibus o suficiente disponível na hora que a pessoa precisa. Ela acaba se desesperando e entra rápido com medo de não conseguir embarcar”, explica o jovem que faz uso da linha.

Além disso, a desorganização ainda confere oportunidade para furtos, como já ocorreu com o assessor, às 6h30, enquanto entrava no veículo.

A redatora, Letícia Dias, de 25 anos, também relatou ao Portal 6 que enfrenta superlotação diariamente e presenciou cenas preocupantes. “Dependendo do horário, é insustentável, insalubre e até desumano”, disse. “Já vi gente desmaiar no ônibus e a pessoa nem caiu porque estava realmente muito cheio”.

Diante disso, a redatora afirmou que precisou iniciar o dia mais cedo e finalizar mais tarde, com o intuito de se poupar dos problemas do transporte público de Goiânia.

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