Programa Minha Casa, Minha Vida já impulsiona mercado imobiliário de Goiânia

Especialistas apontam que ampliação de teto de financiamento e juros menores já movimentam tanto consumidores quanto construtores

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Minha Casa minha Vida
Prédio do Minha Casa Minha Vida. (Foto: Tomaz Silza/Agência Brasil)

O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi reformulado e as novas regras entraram em vigor na última sexta-feira (07). Dentre as mudanças, o Governo Federal estipulou um teto para financiamento maior, chegando a R$ 350 mil, o que abre espaço para milhares de novos donos de imóveis.

A faixa com acesso à novidade é a 03, com renda mais alta – de R$ 4.400,01 até R$ 8 mil, sendo que se trata de um cenário em que pessoas que não foram contempladas por programas sociais anteriormente agora se veem na possibilidade de terem imóveis próprios com melhores condições de pagamento.

Neste novo contexto, o mercado imobiliário de Goiânia já sentiu a reação. “O número de pessoas indo aos stands de vendas triplicou”, afirmou ao Portal 6 a gerente comercial do Eldorado Park, Adriely Machado.

Adriely apontou que para além da ampliação do financiamento, a redução das taxas de juros, que variam de 4,25% a 8,16% no Centro-Oeste, também fez com que os beneficiados pudessem comprar imóveis mais caros.

Tal movimentação também foi notada pela corretora da Inovação Imóveis, Rafaella Peixoto. “As taxas de juros estiveram muito altas nos últimos anos. Hoje, a procura por construção está muito alta por causa dos juros baixos – isso considerando que se passaram poucos dias desde a reformulação do programa.”

Não foram só os beneficiados que se interessaram pelas novidades. Adriely afirmou que a motivação das incorporadoras em construir empreendimentos que atendem o programa intensificou, já que o poder de compra dos novos clientes é maior em comparação com outros anos, o que resulta em construções mais atraentes aos olhos das empresas.

Apesar do foco ir para a faixa 3, há outro grupo que se tornou de interesse do mercado: a faixa 2, caracterizada pela renda bruta mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400. Com o aumento do subsídio de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil, os beneficiados também aumentaram o poder de compra.

Vale destacar que a primeira faixa, com ganhos de até R$ 2.640, também foi contemplada com a novidade. Diante disso, segundo Adriely, os próximos dois a três anos serão de movimentação intensa para a construção de novas residências que atendem o programa.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade
PublicidadePublicidade