Falta de provas e adulteração de print’s faz juiz arquivar processo contra Antônio Gomide

Deputado estadual e ex-prefeito de Anápolis foi acusado de estupro por ex-servidora de gabinete da Alego

Rafaella Soares Rafaella Soares -
Antônio Gomide é deputado estadual e ex-prefeito de Anápolis. (Foto: Hellenn Reis/Alego)

O juiz de direito Luís Henrique Lins Galvão de Lima, da 7ª Vara Criminal da Comarca de Goiânia, decidiu, nesta quarta-feira (27), arquivar um processo de estupro movido contra o deputado estadual Antônio Gomide (PT).

O parlamentar foi denunciado por uma ex-servidora da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), mas tanto o Ministério Público (MP) quanto o magistrado entenderam que não há indícios e nem provas do crime.

Consta no processo, obtido pelo Portal 6, que o petista esteve na casa da mulher, de 56 anos, no dia 26 de fevereiro deste ano. Às autoridades, ela afirmou ter sofrido abuso sexual.

O arquivamento, porém, se deu pelo fato de que o exame de corpo de delito não detectou nenhum sinal de violência no corpo dela.

Além disso, mensagens que os dois trocaram pelo celular também foram analisadas e ficou constatado que a ex-servidora apagou trechos para manipular o teor dos diálogos.

Nessas conversas, inclusive, ambos teriam demonstrado interesse em ter um relacionamento que extrapolava a esfera profissional.

Em depoimento, segundo consta na decisão, Antônio Gomide alegou que realmente tinha a intenção de se relacionar, mas que não estava “no clima” e, por isso, na ocasião, foi embora.

Chama atenção ainda no processo é o fato de que, após a data em que teria sofrido o abuso, a mulher continuou a mandar mensagens engraçadas e festivas para o deputado.

Conforme a análise do Ministério Público, que defendeu o arquivamento antes do parecer do juiz, o caso é “incompatível com alguém que tenha sofrido agressões sexuais”.

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