Primeiras locomotivas da Ferrovia Norte-Sul desembarcam em Anápolis

Foram 112 contêineres – sendo 32 deles carregados com insumos para indústria de defensivos agrícolas oriundos da China, Estados Unidos e Europa

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Imagem mostra locomotiva da Rumo, em Anápolis. (Foto: Wesley Daniel/Porto Seco Centro-Oeste)

O barulho e o ritmo da locomotiva ecoaram como um momento histórico em Anápolis. Modal desejado e reconhecido pela eficiência passou pelos trilhos da Ferrovia Norte-Sul e, finalmente, desembarcou no município goiano.  O mercado bilionário deve atender o agronegócio, mineração, siderurgia, além da indústria alimentícia.

No primeiro trem foram contados 58 vagões da Bravo puxados por locomotivas da Rumo. Realizada em fase de teste, a viagem de 1.511 km partiu de Cubatão (SP) e chegou em Anápolis após três dias.

Para se ter ideia, foram 112 contêineres – sendo 32 deles carregados com insumos para indústria de defensivos agrícolas oriundos da China, Estados Unidos e Europa. Os demais vieram vazios para retornarem aos clientes de exportação.

“Trata-se de um momento histórico para a infraestrutura brasileira, uma rota há muito aguardada e que vai alavancar o crescimento da região. É um orgulho participar deste momento ímpar, oferecendo uma solução multimodal de contêineres que possibilita transportar os mais diversos tipos de carga por ferrovia”, afirma Marcelo Saraiva, CEO da Brado.

Imagem mostra vagões percorrendo trilhos. (Foto: Wesley Daniel/Porto Seco Centro-Oeste)

Vale ressaltar que o Porto Seco de Anápolis é o único terminal de contêineres do estado – resultado de uma expertise adquirida nos últimos 20 anos. “Assim, ampliam nossa capacidade logística, reduzindo os custos operacionais e, como consequência, atraindo novos interessados na multimodalidade entre rodovias e ferrovias”, afirma o diretor do Porto-Seco Centro-Oeste, Everaldo Fiatkoski.

Mercado

Saindo do Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis, serão atendidos os mercados de exportação de algodão, mineração, siderurgia e alimentos. Atualmente, esses nichos já movimentam cerca de 45 mil contêineres por ano – sendo 65% com destino ao Porto de Santos.

No caminho oposto, serão captados os mercados de importação de insumos que abastecem as indústrias e o agronegócio do estado goiano, além dos bens de consumo que passam a ser distribuídos para as populações de Goiás, Distrito Federal, sul do Tocantins e Minas Gerais.

 

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