Márcio Corrêa pede CPI para investigar Triunfo Concebra: ‘não realiza obras e o pedágio continua caro’

Contrato da concessionária acaba no final de novembro e tarifas cobradas em Goiás chegam a até R$ 18

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Deputado federal Márcio Corrêa (MDB). (Foto: Divulgação)

O deputado federal Márcio Corrêa (MDB)  subiu o tom ao criticar a atuação da concessionária Triunfo Concebra em Goiás.

Em discurso na tribuna da Câmara de Deputados, o parlamentar fez duras declarações contra a empresa, que atua em trechos das BRs-060 e 153 no estado desde 2014 e pediu para que fosse aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

“Ela presta um serviço há quase 10 anos e não realizou uma obra estruturante sequer”, observou. “E o pedágio, que a gente paga, continua caro”, complementou em conversa com Portal 6.

Além disso, Márcio Corrêa também caracterizou como uma “covardia” contra a população a forma de atuar da Triunfo. Isso porque, segundo ele, a concessionária oferece uma infraestrutura limitada que não atende às necessidades dos condutores.

“[A Triunfo Concebra] não consegue sinalizar as BRs dentro do perímetro urbano. Não consegue nem colocar um redutor de velocidade. É preciso ter responsabilidade”, afirmou.

Por fim, o deputado pediu para que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) faça uma investigação em relação à empresa, para apurar o serviço prestado ao longo dos últimos nove anos.

“Nós precisamos cobrar da ANNT para que ela possa agir de forma enérgica e que não seja tão complacente com essas empresas, que não cumprem seus contratos e trazem prejuízos imensuráveis para a população”, concluiu.

 

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Concessão se encerrando

O contrato que a Triunfo Concebra possui para administrar os trechos das BRs-153 e 060 em Goiás está prestes a se encerrar.

Após a assinatura de um aditivo de 20 meses, no início de 2022, o prazo se encerra no dia 21 de novembro deste ano.

Desta forma, a gestão das rodovias voltará para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Vale destacar que, em meados de 2022, a concessionária mais que dobrou o valor cobrado nos pedágios goianos.

Os maiores acréscimos foram sentidos nas praças de Goianápolis (168%), Alexânia (137%), Professor Jamil (131%) e em Itumbiara (125%).

Neste último, o mais caro, o valor cobrado é de R$ 9 para veículos de dois eixos, chegando até a R$ 18 para transportes de quatro eixos.

Veja nota da Triunfo Concebra na íntegra: 

Sobre o referido vídeo com a manifestação do deputado federal Márcio Corrêa, a Triunfo CONCEBRA esclarece que o financiamento do BNDES e outros bancos públicos era um dos pilares para que a concessão fosse viável e as tarifas de pedágios fossem mais baratas, e foi prometido anteriormente à época do leilão, pelo Governo Federal, e com cartas assinadas pelos bancos, e que após o início do contrato não foi cumprido. Quanto ao local mencionado pelo deputado, ele é monitorado pela Concessionária e tem sido motivo de várias reuniões com a comunidade para discutir o seu fechamento ou ajuste, mas nunca houve consenso. Vale ressaltar que já existem dois radares de velocidade no local, em ambos sentidos, cujo objetivo é inibir os motoristas a excederem a velocidade permitida e, assim, minimizar os impactos para aqueles que utilizam o retorno.

Por fim, em relação à forma de pagamento, a Concessionária cumpre a obrigação contratual que determina as formas de pagamento da tarifa de pedágio nas praças ao longo do trecho de concessão. Estas não incluem somente dinheiro, mas também vale pedágio, chip ou tag de passagem automática, e este último com 5 empresas cadastradas pelo governo federal, com as mais diversas formas de contratação, pré pago, pós pago, mensal, entre outros, e isso sem a relação dessas empresas diretamente com a concessão, e sim um serviço oferecido por eles. A concessionária está à disposição do deputado para esclarecer qualquer informação adicional, pois o contrato de concessão tem toda sua complexidade, ainda mais o da TRIUNFO CONCEBRA, com todos os problemas decorrentes do não cumprimento do governo na liberação do financiamento público, pilar do edital.

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