Advogado compara desembargadora com jumento e pede adiamento de audiência para fazer sexo, em Goiânia

Sessão seria para dar prosseguimento ao caso de injúria, mas o homem decidiu ironizar

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Homem estaria sendo processado por injúria (Foto: Reprodução)

Um advogado de Goiânia se encontra nos holofotes nacionais nesta sexta-feira (24) após pedir o adiamento de uma audiência com a justificativa de que tinha marcado um encontro para fazer sexo. Em vez de agir apenas como representante jurídico, Manoel Bezerra Rocha era, também, a parte processada por ter comparado uma desembargadora a um jumento em uma ocasião anterior.

A audiência de instrução e julgamento estava marcada para esta quinta-feira (23), sendo que o advogado acusado de injúria estaria atuando na própria defesa.

No entanto, ele solicitou o adiamento perante a chegada de uma amiga que iria embora da capital nesta sexta-feira. Na petição, ele destacou que encontraria com a mulher a “fim de se dedicar à prática do coito, ou seja, sexo, vulgarmente conhecimento como trepada”.

Manoel ainda escreveu que é um sobrevivente da Covid-19, com sequelas, e que a prática de sexo é indicada pela comunidade médica por “contribuir para a saúde física e mental”.

A audiência foi agendada para tratar de um caso de 2022, em que o advogado comparou uma desembargadora a um jumento em petição quando ela não aceitou um pedido de habeas corpus feito para uma cliente dele.

Petição em que advogado compara magistrada a um jumento (Foto: Reprodução)

À Rota Jurídica, o profissional afirmou que a petição foi feita em tom provocante por acreditar que o processo instaurado contra ele já deveria ter sido encerrado. Além disso, ele aponta que a autora não compareceu em três audiências do caso.  “Dessa vez, quis ironizar para justificar a minha ausência”, reforçou.

Apesar da tentativa, a audiência teve prosseguimento e o homem não compareceu.

Consequências

Diante dos acontecimentos, o advogado foi considerado insurgente e foi determinado o envio de cópia da petição à Ordem dos Advogados do Brasil, – Seção Goiás, (OAB-GO) para investigar se houve falta disciplinar.

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) se manifestou em nota de repúdio ao acontecido e reforçou confiança na OAB-GO em tomar as devidas providências.

Já a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) solicitou a suspensão do direito de advocacia de Manoel.

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