Cachaça produzida no interior de Goiás ganha ouro em concurso nacional

Evento reúne cerca de 500 expositores, especialistas e pesquisadores de todo o Brasil

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Cachaça é produzida em Silvânia, a 84 km de Goiânia (Foto: Arquivo pessoal)

O município de Silvânia ganhou destaque nacional ao ser o local onde é produzida uma das melhores cachaças do Brasil. Produzida pela Philmont Cachaçaria, a bebida levou o ouro na categoria destaque sensorial na ExpoCachaça, em Minas Gerais.

O evento é um dos maiores palcos no mundo da cachaça, sendo um encontro não só de produtores, como também de pesquisadores e fabricantes de novas tecnologias do setor, espalhados por 400 a 500 stands. Inicialmente, era esse o foco de Filemon Silva Machado, proprietário da empresa vencedora, que o levou a visitar a ExpoCachaça.

Ao Portal 6, o goiano explicou que vai ao evento desde 2002, mas participou como expositor em apenas duas ocasiões. A primeira foi em 2016, quando a Philmont foi incluída no stand coletivo do Sebrae – e levou o ouro.

“Não é barato participar e o nosso negócio é pequeno”, explicou. Então, em 2020, ele optou por fazer o envio em algumas amostras, que seriam analisadas e as melhores do montante, expostas.

Neste processo despretensioso, a Philmont Extra Premium levou o ouro novamente, desta vez na categoria de destaque sensorial, que considera o melhor sabor, cheiro e diluição na boca. A cachaça é envelhecida 11 anos.

Na categoria Premium, que considera as bebidas envelhecidas de dois a três anos, a empresa também ganhou a medalha de prata.

História

A Philmont Cachaçaria, fundada em 1999 como uma empresa familiar, tinha como objetivo produzir uma cachaça de qualidade. Na época, eram apenas 6 mil litros ao ano. “Foi muito importante receber esse prêmio, porque sempre nos preocupamos com fazer cachaça com muito carinho, esmero e sem fazer mal para o cliente”.

De acordo com o fundador, além de não causar ressaca, o produto se destaca pela pureza, sendo que todo o processo é realizado com higiene, tanto na moagem quanto na fermentação e destilação.

“A gente dá acabamento em barril de carvalho francês. Ele melhora a qualidade, mas o produto tem que ser bom já. Barril não conserta cachaça, ele dá acabamento. A chave é ter um produto bem feito com boas técnicas”, disse.

Planos futuros

Por focar na qualidade do produto, Filemon explicou à reportagem que não planeja expandir por enquanto. Com uma produção de 20 mil litros ao ano, as cachaças Philmont são comercializadas em Silvânia, Goiânia e Brasília (DF).

“Não vendemos fora de Goiás, mas a intenção é chegar lá”, apontou. Além disso, a empresa se prepara para lançar um novo rótulo, descansado sem ir para barril, para distribuir de forma mais acessível.

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