A desvalorização dos servidores da saúde em Anápolis

É preciso tratar os profissionais da nossa rede com o devido respeito e valorização

Professor Marcos Professor Marcos -
Hospital Municipal Alfredo Abrahão, em Anápolis. (Foto: Bruno Velasco/Prefeitura de Anápolis)

Desde o início dessa gestão municipal temos percebido a desvalorização dos servidores públicos municipais, notadamente os da saúde.

Com a alteração do formato de cumprir a carga horária, perdemos profissionais de qualidade que possuíam dois empregos.

Já as remoções sem qualquer justificativa terminaram por estressar e abalar o estado emocional dos nossos servidores, vide a quantidade de atestados e afastamentos por questões de saúde mental. Nunca tivemos tanta gente adoecida.

Gente transferida sem aviso prévio, profissionais de área específica atendendo no WhatsApp, desvios de função e as várias trocas de lugar do LACEMA – um dos laboratórios que sempre foi referência regional, agora desmontado e amontoado, jogado à própria sorte.

Precisamos avançar e muito no atendimento de urgência e emergência, voltar os cais com atendimento 24h e ampliar a quantidade de psiquiatras e psicólogos nos CAPS, reduzindo a fila de espera. Mas nada disso terá efeito se não tratarmos os servidores da nossa rede com o devido respeito e valorização.

Há carreiras precisando ser repensadas e reorganizadas, principalmente as de nível médio, tão achatadas monetariamente.

Para ampliar o número de médicos na rede é preciso ainda ouvi-los, ampliar o diálogo, entender como fazer ao ouvir quem faz.

Marcos Carvalho é professor, psicólogo e servidor público federal. Atualmente, vereador em Anápolis pelo Partido dos Trabalhadores. Escreve todas às terças-feiras. Siga-o no Instagram.

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