Entenda como mãe e filho foram presos por chantagem sexual online em Goiás

Jovem analisava condição financeira de cada vítima antes de estipular valor

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Imagem mostra momento da prisão de mãe e filho em Aparecida de Goiânia. (Foto: Divulgação/PC Goiás)

Mãe e filho foram presos, suspeitos do crime de chantagem sexual online, em Aparecida de Goiânia, nesta quarta-feira (28). Tido como cabeça da operação, o jovem, de 24 anos, chegou a extorquir R$ 10 mil de uma vítima.

Ao Portal 6, o delegado da Polícia Civil de Goiás (PC), Maytan Santana Lima, explicou que o suspeito fazia perfis falsos em plataformas de contratação de acompanhantes. Ao clicar, a vítima era redirecionada para uma conversa no WhatsApp, o que dava ao suspeito acesso ao número de telefone.

“Com base no número, ele buscava, de forma ilegal, os dados da vítima, como endereço e estado civil. Com isso, ele entrava em contato já com outros números de telefone e ameaçava revelar para as famílias”, disse.

De acordo com o delegado, o jovem pedia valores diferentes a depender da condição financeira da vítima. Para tanto, ele analisava postagens em redes sociais, endereço da moradia entre outros dados antes de estipular as cifras da extorsão. A quantia mais alta registrada até a fase atual de investigação foi de R$ 10 mil.

No entanto, ao notar que a ameaça de exposição já não surtia o mesmo efeito, o jovem partia para ameaças físicas. “Ele falava que sabia onde ela morava e iria matá-la caso não pagasse”, apontou Maytan.

Segundo o delegado, o jovem já possui diversas passagens pela polícia e já recebeu condenação. Em determinado momento, o suspeito enviou um vídeo da tornezeleira eletrônica que portava para dar credibilidade às ameaças.

A mãe, de aproximadamente 50 anos, por sua vez, teria se tornado partícipe ao fornecer a conta bancária para receber os valores do ato criminoso. Ela também possui ficha criminal, embora por crimes ‘mais leves’, segundo Maytan.

A investigação ainda apontou que há, ao menos, duas outras vítimas, sendo que uma registrou ocorrência em Rio Grande do Norte. “Acreditamos que vamos descobrir novas vítimas, porque muitas não registram por medo do constrangimento”, disse o agente.

As duas partes da dupla podem responder por extorsão, com qualificadora de serem mais de duas vítimas, com pena de 4 a 10 anos.

“Com acesso aos celulares, vamos aprofundar a investigação para ver se tem mais pessoas envolvidas, se ele faz parte de uma organização criminosa, o que geralmente é o caso”, finalizou.

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