Lula participa do Dia do Trabalho das centrais sindicais em Itaquera

Evento ocorre pela primeira vez na zona leste da capital paulista, na Neo Química Arena, em Itaquera

Folhapress Folhapress -
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

CRISTIANE GERCINA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobe ao palco do 1º de Maio unificado das centrais sindicais nesta quarta-feira, quando se celebra o Dia do Trabalho. Lula deve focar seu discurso nas conquistas de seu governo, como aumento do número de empregos, valorização do salário mínimo e Lei da Igualdade Salarial.

O evento ocorre pela primeira vez na zona leste da capital paulista, na Neo Química Arena, em Itaquera.

As comemorações serão no estacionamento oeste, após o Corinthians ceder o espaço para os sindicatos.

A expectativa de CUT (Central Única dos Trabalhadores), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Força Sindical, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Nova Central, Intersindical e Pública Central do Servidor é reunir cerca de 40 mil pessoas.

O ato político está previsto para começar às 10h. O presidente deve discursar às 12h. Ao lado dele estará o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, parlamentares e lideranças sindicais.

Com o slogan “Por um Brasil mais justo”, sindicalistas devem defender no palanque bandeiras como emprego decente, correção da tabela do Imposto de Renda, juros mais baixos, aposentadoria digna, salário igual para trabalho igual e valorização do serviço público.

Após o ato político, será realizado o Festival Cultura e Direitos, com apresentações artísticas e musicais de cantores como Paula Lima, Quesito Melodia, Afonsinho BV, Pagode dos Meninos, Trio da Lua- Na trilha do Xaxado, Taty Dantas, Dexter, Roger Deff, Bateria Show da Gaviões da Fiel, Afro-X, Arnaldo Tiffu, Almirzinho, Arlindinho, Ivo Meirelles e Doce Encontro, além de Sérgio Loroza e Pameloza, que serão os apresentadores.

A previsão do tempo é de sol forte nesta quarta, com temperaturas que podem chegar a 31 graus. A recomendação das centrais é usar protetor solar e, se possível, ir de boné, chapéu, com guarda-sol ou outra forma de se proteger do sol.

As regras no local são restritas. Não é possível levar bebidas e mochilas serão revistadas. O acesso do público será pelo Portão do Estacionamento Oeste. O público passará por pórticos com detectores de metais e revista em bolsas e mochilas.

É proibido levar objetos cortantes, perfurantes, rígidos, fogos de artifício, latas, garrafas (inclusive plásticas). As bebidas vendidas serão servidas diretamente em copos (assim como é feito em estádios de futebol). Não será permitida bebida alcoólica dentro do estacionamento.

Haverá dois pontos de atendimento médico, 120 banheiros químicos, duas ambulâncias UTI de plantão e policiamento.

Como chegar:
Para quem irá de Metro – Estações Artur Alvim e Corinthians Itaquera Para quem vai de carro, o acesso é pela avenida Radial Leste

DESAFIOS DOS TRABALHADORES

As celebrações do Dia do Trabalho irão completar 100 anos e 2024. Elas foram oficializadas em lei de setembro de 1924. Desde 2017, com a reforma trabalhista, sindicatos seguem com desafios para cumprir pautas em defesa dos trabalhadores.
Além nas mudanças nas regras, o fim do financiamento com a extinção do imposto sindical pesou no orçamento das centrais, que aguardam definição na Justiça ou por projeto de lei para regulamentar a taxa assistencial, aprovada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

TRABALHO NO FERIADO GARANTE HORA EXTRA OU FOLGA

A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) determina dia de descanso aos trabalhadores nos feriados. Existem, porém, alguns setores essenciais que estão autorizados por lei a trabalhar, desde que tenham folga compensatória ou remuneração dobrada, ou ainda, direito a banco de horas, caso conste em convenção ou acordo coletivo.

O feriado ocorre em momento que se debate a portaria 3.665, do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), publicada em 13 de novembro de 2023 e revogada pouco depois, após críticas de parlamentares.

A portaria limitava o trabalho de alguns setores nos feriados, como o comércio. Agora, discute-se um projeto de decreto parlamentar para regulamentar a questão no país.

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