Messi e Piqué são suspeitos em esquema de corrupção, diz jornal

Atletas teriam pedido uma compensação financeira devido à redução salarial sofrida por causa da crise de saúde de Covid-19

Folhapress Folhapress -
Jogadores de futebol Leonel Messi (esquerda) e Gerard Piqué (direita). (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Lionel Messi e Gerard Piqué são suspeitos de estarem envolvidos em um esquema de corrupção junto ao ex-presidente da federação espanhola, Luis Rubiales.

No primeiro ano da pandemia, os atletas, que ainda atuavam pelo Barcelona, teriam pedido a Rubiales uma compensação financeira devido à redução salarial sofrida por causa da crise de saúde. A informação é do jornal espanhol The Objective.

A ideia era desviar o valor de um fundo da Uefa, para isso o ex-presidente da federação espanhola negociou por cerca de três meses com Aleksander Ceferin, presidente da federação europeia.

Os quatro teriam realizado várias reuniões para elaborar um plano que permitisse o redirecionamento de fundos, a fim de beneficiar os jogadores afetados pela crise sanitária mundial, segundo o veículo espanhol.

Rubiales teria proposto que 4% dos direitos de transmissão de todos os jogos da Uefa fossem reestruturados para compensar 50% dos atletas afetados pela covid-19. Até então, esse valor era distribuído de forma específica entre as federações.

No dia 14 de abril, às 18h45, o quarteto realizou uma reunião que durou cerca de uma hora. Ceferin prometeu a Rubiales que lhes daria uma resposta na próxima semana.

O ex-presidente da federação espanhola ainda sugeriu que Messi e Piqué enviassem uma camisa do Barcelona autografada por eles, como forma de agradecimento e possível influência positiva à resposta do dirigente europeu.

Uma semana depois, outra reunião foi realizada, mas as negociações ficam paradas até 5 de maio, quando Ceferin propõe uma nova reunião para discutir o plano que o “seu pessoal na Suíça” estava preparando.

Segundo a reportagem, Messi sempre mostrou-se preocupado em manter a “confidencialidade” das negociações pois elas poderiam ser questionadas jurídica e éticamente.

Fontes jurídicas ouvidas pelo jornal afirmaram que os atletas podem responder por tráfico de influência, pois estavam solicitando uma compensação que beneficiaria mais a eles do que aos outros jogadores.

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