Policial militar que matou esposa e enteada é condenado a mais de 110 anos de prisão

Momentos antes do crime, mulher chegou a se ajoelhar pedindo para que homem poupasse vida das filhas

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Rafael Martins Mendonça com a esposa e as enteadas. (Foto: Reprodução/Instagram)

A Justiça de Goiás condenou o policial militar Rafael Martins Mendonça a 111 anos de prisão, acusado de matar a tiros a esposa, Elaine Barbosa de Sousa, de 28 anos, e a própria enteada, Ágatha Maria, de 03 anos, em Rio Verde. A defesa do homem afirmou que irá recorrer da sentença. 

O homem foi condenado por feminicídio duplamente qualificado e por tentativa de homicídio, após ser levado a júri popular na terça-feira (28). No total, foram ouvidas 13 testemunhas, entre elas uma outra enteada dele, Sarah Shanshaine, de 05 anos, que sobreviveu. 

Ao O Popular, o advogado Victor Hugo Rocha, que defende o pai das filhas de Elaine, alegou que assim que o júri foi finalizado, o juiz ordenou que o réu fosse encaminhado do presídio militar até a Casa de Prisão Provisório de Rio Verde. 

Relembre 

O caso aconteceu em dezembro de 2022 quando o militar utilizou uma arma e matou a tiros a esposa, Elaine, e a filha dela, Ágatha. 

Do total, Rafael teria efetuado ao menos 20 tiros e chegou a precisar recarregar a arma usada. 17 deles atingiram a ex-companheira e seis foram direcionados à Ágatha. A única sobrevivente, Sarah, teria recebido três. 

Após cometer o crime, ele ainda ameaçou cometer suicídio, mas foi impedido por um amigo. O acusado teria ligado para o colega – que estava na academia – afirmando ter feito “merda” e que iria se matar. Ele foi preso no dia 14 de dezembro de 2022. 

Em depoimento, Rafael disse que a motivação para ação surgiu após Elaine o provocar, fazendo-o “perder a paciência, pegar a arma e fazer isso”. Segundo as investigações, a mulher chegou a se ajoelhar momentos antes de ser morta, pedindo para que ele poupasse as crianças. 

O inquérito sobre o caso ainda aponta que a vítima era agredida e ameaçada pelo marido, chegando a dizer a testemunhas que tinha vontade de ir embora de casa com as filhas, mas que o suspeito sempre ameaçava se matar após ela levantar a possibilidade. 

 

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