Revelado mistério por trás de estátua da Virgem Maria que “chorava sangue”

Após uma investigação minuciosa, a verdade veio à tona

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Revelado mistério por trás de estátua da Virgem Maria que “chorava sangue”
(Foto: Ilustração/Pexels/Sami Aksu)

Por anos, fiéis de todo o mundo se reuniram para testemunhar um suposto milagre: uma estátua da Virgem Maria que parecia derramar lágrimas de sangue.

O fenômeno chamou a atenção da mídia e das autoridades religiosas.

No entanto, após uma investigação minuciosa, a verdade sobre o mistério finalmente veio à tona.

Revelado mistério por trás de estátua da Virgem Maria que “chorava sangue”

Revelado mistério por trás de estátua da Virgem Maria que “chorava sangue”

Gisella Cardia e Virgem Maria de Trevignano. (Foto: Colagem/Reprodução/Redes Sociais)

Uma perícia solicitada pelo Ministério Público da Itália revelou que o sangue encontrado na estátua da Virgem Maria pertencia à autoproclamada vidente Gisella Cardia.

A análise de DNA, realizada pela Universidade de Roma Tor Vergata, indicou que o material biológico era de origem feminina e coincidia com o da mulher.

Cardia, cujo nome de batismo é Maria Giuseppa Scarpulla, afirmava receber mensagens da Virgem Maria mensalmente.

Ela também garantia que a estátua, vinda de Medjugorje — local conhecido por relatos de aparições marianas —, chorava sangue como sinal divino.

O culto em torno da “Virgem de Trevignano”

A fama da estátua atraiu multidões ao Lago Bracciano, próximo a Roma. A cada encontro, fiéis buscavam testemunhar o fenômeno e ouvir as mensagens transmitidas por Cardia.

O movimento ganhou força e passou a ser chamado de culto da “Virgem de Trevignano”.

Entre os eventos considerados milagrosos por seus seguidores, destacava-se a suposta multiplicação de alimentos, como pizza e nhoque, em jantares organizados por Cardia.

Entretanto, a Igreja Católica e as autoridades mantiveram um olhar cético sobre o caso.

O posicionamento do Vaticano

Em junho de 2024, o Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão do Vaticano responsável pela teologia, concluiu que não havia indícios de eventos sobrenaturais relacionados à Virgem de Trevignano.

A recomendação oficial foi para que os fiéis não venerassem a escultura e se afastassem do movimento.

Consequências legais

Atualmente, Gisella Cardia está sendo investigada pelo Ministério Público italiano por suspeita de fraude.

Sua advogada, Solange Marchignoli, argumenta que o DNA de sua cliente na estátua é justificável, pois Cardia frequentemente manipulava e beijava o objeto.

Diante das conclusões da investigação, muitas pessoas que acreditavam no fenômeno se sentem enganadas.

O caso reforça a importância da análise crítica diante de relatos sobrenaturais, principalmente quando envolvem devoção e contribuições financeiras.

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