O segredo por trás do formato das tomadas – você sabe por que são diferentes pelo mundo?
Sabe quando você viajou e não conseguiu carregar o celular porque a tomada era diferente? Vem entender a história por trás disso


Já aconteceu de você viajar para outro país, estado, continente e se deparar com uma tomada completamente diferente da que você acostumou usar? E o pior: seu carregador não dá certo naquele formato diferente de fonte de energia?
Essa falta de padronização de tomadas é mais comum do que parece e o contexto por trás disso é histórico e econômico.
Isso porque os diferentes formatos ao redor do mundo são resultados de decisões técnicas e econômicas tomadas há décadas.
O segredo por trás do formato das tomadas – você sabe por que são diferentes pelo mundo?
Atualmente, existem mais de 15 tipos de tomadas padronizadas internacionalmente, entre elas os modelos A, B, C, E, F e o tipo N, usado no Brasil.
Cada uma dessas variações surgiu com base nas necessidades locais de segurança, voltagem e custo de produção. Os EUA adotaram o tipo A, de pinos chatos, por ser produção barata e fácil consumo. A Europa usa pinos redondos, buscando mais firmeza e segurança no encaixe.
A voltagem adotada por cada país também foi fator importante. Nos EUA, se trabalhava com 110 volts, enquanto que na Europa se usa 220 volts. Esse detalhe causou uma produção de diferentes estilos de padrões de tomada para atender à voltagem vigente.
Em vez de adotar um modelo global, os países optaram por soluções próprias, o que acabou criando essa grande variedade.
O padrão brasileiro de plugues e tomadas de 3 pinos
A lei nº 11.337 de 26 de julho de 2006 instituiu a obrigatoriedade da existência de condutor-terra de proteção, o terceiro pino dos aparelhos elétricos.
Alinhado à Lei 11.337/2006, o Conmetro – Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial estabeleceu em sua Resolução nº 11/2006 o padrão de plugues e tomadas.
Na época, o Brasil tinha mais de 12 modelos de plugues e oito de tomadas. Essa falta de padronização gerava situações de risco como choques e incêndios, devido à sobrecarga da instalação elétrica.
O terceiro pino como padrão no Brasil se justifica pela necessidade de alguns aparelhos de conexão com o aterramento, o chamado “fio conector terra”.
O objetivo é proteger o usuário de eventuais descargas elétricas, caso a edificação tenha rede devidamente preparada com sistema interno de aterramento.
Já os aparelhos com dupla isolação, que não necessitam da conexão de aterramento, são conectados com plugue de dois pinos. Estão entre eles barbeadores, secadores de cabelo, liquidificadores, carregadores para telefone celular, etc.
Siga o Portal 6 no Instagram: @portal6noticias e nas redes sociais e fique por dentro de várias notícias e curiosidades, tudo em tempo real para você!