Gigante do varejo entra em falência e fecha todas as portas após mais de 50 anos de atividade
Empresa não conseguiu se adaptar às novas exigências do mercado e foi superada por concorrentes digitais


Uma das maiores varejistas de artigos para o lar encerrou definitivamente suas operações físicas após mais de meio século de atividade.
Fundada em 1971, Bed Bath & Beyond enfrentou uma sequência de decisões estratégicas mal-sucedidas, dificuldades de adaptação tecnológica e concorrência crescente de empresas com atuação digital.
Segundo o portal UAI, o resultado foi um pedido de proteção contra falência em 2023 e o início de um processo de liquidação.
Ao longo dos meses seguintes, mais de 360 lojas Bed Bath & Beyond e 120 unidades da rede buybuy BABY foram fechadas.
Para manter os atendimentos temporariamente, a empresa obteve um financiamento emergencial de US$ 240 milhões e reduziu drasticamente o quadro de funcionários. Tentativas de levantar novos recursos com ações também fracassaram.
A falência foi atribuída a erros como a substituição de marcas populares por produtos próprios e a demora para investir em canais digitais.
Enquanto isso, concorrentes como a Amazon ampliaram o alcance e conquistaram clientes com facilidade e inovação.
Com o encerramento das atividades físicas, a marca Bed Bath & Beyond foi adquirida pela Overstock.com, que passou a operar a varejista exclusivamente em ambiente online. A buybuy BABY também teve os ativos vendidos e reconfigurados.
Reflexos no varejo brasileiro
O caso acende um alerta no varejo nacional. Redes tradicionais do Brasil também enfrentam pressão crescente de concorrentes digitais, além da necessidade de oferecer experiências de compra integradas entre lojas físicas e virtuais.
A lição mais evidente é que tradição não garante permanência no mercado. Investir em tecnologia, entender o comportamento do consumidor e agir com rapidez diante das mudanças são fatores decisivos para a sobrevivência das empresas.
A falência da Bed Bath & Beyond mostra que mesmo gigantes consolidados podem desaparecer quando não acompanham as transformações do setor.
No Brasil, companhias que ignorarem essas exigências correm o risco de seguir o mesmo caminho.