Líderes de bancada não garantem aprovação da reforma da Previdência
Para que o governo obtenha o mínimo de 308 votos necessários para aprovar a reforma, o governo deverá aceitar mais mudanças no texto
Apesar do apelo do presidente Michel Temer, os líderes partidários da base aliada da Câmara dos Deputados não garantiram que a proposta da reforma da Previdência, em tramitação no Congresso, seja aprovada ainda este ano. Ao final da reunião ocorrida no Palácio do Planalto, que não teve a presença do líder do PSDB, um dos principais partidos aliados, o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur, (PRB-SP) disse que os aliado farão reuniões internas para, posteriormente, definir um calendário de votação.
“A base está junta, mas, às vezes, você tem temas mais difíceis, como a questão que envolve a Previdência, e os líderes ficaram de reunir suas bases para a gente fazer uma reavaliação”, disse Mansur.
Segundo ele, para que o governo obtenha o mínimo de 308 votos necessários para aprovar a reforma, o governo deverá aceitar mais mudanças no texto.
“Acho que é importante a gente levar a proposta para a base, da necessidade de a gente aprovar a reforma da Previdência. Ela não foi deixada de lado, agora, lógico que os parlamentares terão que ser ouvidos nas suas bancadas para que a gente possa fazer uma análise geral da reforma da Previdência e também das outra pautas”.
Para o vice-líder, é possível que a reforma seja aprovada na Câmara ainda este ano e no Senado, ano que vem. “Tem muita coisa que você vai aprovando na Câmara e liberando para o Senado. O detalhe da Previdência é que precisamos ouvir as bancadas para chegar a um acordo. Se você aprova uma proposta tão importante para o país neste ano, nada impede que você vote no Senado no ano que vem. Não vejo nenhum problema quanto a isso”.
De acordo com Mansur, até o final do ano, restam 21 dias prováveis de votação, e o governo tentará reunir a base aliada para votar a reforma. “Não adianta fazer uma análise de quantos votos se tem hoje. Temos que fazer reunião dentro das bancadas para que a gente possa voltar a conversar”.