‘Nesse momento pensei que iriam me matar’, relata motorista da Uber assaltado

Vítima revela detalhes do assalto e como foi ter ficado quase 24h amarrado até o resgate nesta sexta-feira (1º)

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

Um dia após receber alta do Hospital Estadual de Urgências de Anápolis (HUANA), Cleyton da Silva Nascimento, de 30 anos, relatou ao G1 como foi o sufoco passado no assalto sofrido por ele na noite de quinta-feira (30) passada.

Por quase 24h, ele ficou amarrado junto a um rio na zona rural do distrito de Interlândia. Foi encontrado por familiares e amigos com hipotermia e resgatado por policiais do 28º BPM em seguida.

O assalto

Motorista na Uber há pelo menos dez meses, o jovem topou fazer uma corrida por fora do aplicativo. Estacionado próximo à praça da Igreja do Divino Pai Eterno, no bairro Bandeiras, região Norte da cidade, o destino para buscar os clientes estava a pouco quilômetros dali, no Setor Privê do Campo.

“Eles entraram no carro, um na frente e o outro atrás de mim. Durante a viagem, eles meio que tentaram esconder o rosto. Um deles falou: ‘Rapaz, estou gripado’ e deitou no banco”, contou.

Quando chegou ao destino, a dupla deu voz de assalto a Cleyton e o mandou para o banco de trás.

“Eles me colocaram no banco de trás com a cabeça no assento para eu não olhar para eles. Me ameaçando o tempo inteiro, perguntando se tinha rastreador no carro. Me levaram para outro lugar. Chegou lá, em uma estrada de chão, mandaram eu ir no caminho do mato. Eu pensei: ‘Agora eles vão me matar’”, lembra.

Tirado do carro, os assaltantes mandaram o motorista deitar de bruços no chão e amarraram os braços e os pés.

A dor

“Nós vamos matar um cara ali e depois a gente liga para a polícia para te acharem aqui’, disseram para a vítima.

“Durante esse tempo todo que eu fiquei lá eu estava bastante otimista que alguém iria me achar. Pensei que se quisessem me matar tinham matado na hora. Daí fiquei pensando positivo. Graças a Deus me acharam. Eu estava sentindo muita dor demais no braço porque me amarraram muito forte, então não tive cabeça para sentir frio, dor no corpo, fome sede, o tempo inteiro com muita dor no braço”, completou Cleyton.

A busca

Agora, a Polícia Civil tenta localizar os criminosos e o carro, um Ford K, com placa PQK 4413. Caso os autores sejam encontrados, o delegado Carlos Antônio Silveira assegurou que deve pedir a imediata prisão deles.

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