Motorista é indiciado por não embarcar aluna deficiente

Carlos Henrique Carlos Henrique -

A Polícia Civil de Inhumas conclui o inquérito que investigava crime de injúria qualificada por preconceito praticado por um motorista terceirizado do transporte escolar da prefeitura. O delegado Humberto Teófilo de Menezes Neto, enviou ao Poder Judiciário o relatório final com o indiciamento do suspeito.

O delegado explica que o motorista Cleone Olimpio da Silva, de 51 anos, recusou-se a transportar uma aluna portadora de deficiência. “A conduta foi presenciada por professores. Ele não quis levar a aluna, argumentando ‘quem vai descer essa coisa, eu não vou descer essa coisa’”. Em seu relatório, o delegado concluiu que “de acordo com as oitivas das testemunhas, o indiciado teria chamado a vítima de ‘coisa’, negando o direito de acessibilidade decorrente do transporte escolar, o que configura um ato discriminatório”.

Humberto também enfatizou que após um mês da consumação do crime entrou em vigor o Estatuto da Pessoa com Deficiência que criminalizou de forma clara e inequívoca a discriminação e equiparou a falta de acessibilidade à discriminação. “Todo cidadão deve conhecer o Estatuto da Pessoa com Deficiência e denunciar atos discriminatórios as entidades competentes. Se você ou alguém sob sua responsabilidade foi vítima, procure uma delegacia. Evite que essa prática aconteça novamente”, afirma o delegado.

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