Como foi a complexa operação para prender os assassinos de dono de supermercado em Anápolis

Eles também já estavam sendo monitorados por outros crimes

Da Redação Da Redação -

No último dia 24 de julho, toda a cidade de Anápolis se chocou com o caso de Guilherme Macedo, de 30 anos, que era proprietário do Supermercado e Panificadora Vida Nova, no Parque Residencial Ander, e foi morto a tiros durante um assalto no estabelecimento.

Apesar de ter divulgado vídeos de câmeras de segurança na tentativa de encontrar os suspeitos, foi uma ação integrada entre o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da cidade e as Polícias Militares de Catalão e Paracatu (MG) que conseguiu prender os dois homens envolvidos no latrocínio.

Ao Portal 6, o delegado Cleiton Lobo, responsável pelas investigações, detalhou como foi que os agentes conseguiram chegar até os criminosos.

“Eles foram presos em Minas Gerais e também já estavam sendo monitorados pela polícia de Catalão, então estávamos trabalhando em conjunto. Diante de tudo o que aconteceu, foi feito um monitoramento e tivemos contato com a Polícia Militar de Minas Gerais, que teve a informação de onde os dois estariam e então eles foram presos”, disse.

Inicialmente, apenas Deidi Pereira Vieira, de 30 anos, confessou ter atirado em Guilherme. No entanto, após ser preso, Reinaldo Wladimir da Silva, de 20 anos, também acabou assumindo a participação no crime. Apesar disso, segundo o delegado, o inquérito ainda não será concluído.

“Agora nós temos que analisar outros elementos de prova, como as imagens, o reconhecimento que foi feito e as oitivas das vítimas que também foram ameaçadas. Só as confissões não tem validade. É uma atenuante e gera diminuição de pena, mas isso não cabe a polícia. Nós temos que levantar todos os elementos, fazer outras diligências, identificar outras pessoas, para então o Ministério Público entrar com a denúncia. O inquérito ainda vai demorar uns dias para ir ao Judiciário”, explicou.

Devido aos crimes cometidos na cidade mineira, os dois suspeitos deverão passar um tempo no presídio local antes de serem transferidos para Anápolis.

“Se condenados por tráfico e também por posse de arma e associação criminosa, eles vão cumprir a pena lá [Paracatu] e depois serão recambiados para o cumprimento da pena mais grave aqui, que foi o latrocínio. Posteriormente, eles serão levados para pagar também pelos assaltos cometidos em Catalão. Como são comarcas diferentes, não dá para globalizar e eles ficarem presos em apenas um lugar. Não tem como interferir no julgamento de cada comarca”, esclareceu o delegado.

Em tempo

Deidi e Reinaldo foram presos na última segunda-feira (06) após a Polícia Militar receber a denúncia de uma quadrilha que estava em uso ilegal de armas de fogo em um povoado chamado São Sebastião, que fica na zona rural da Paracatu.

A equipe se deslocou então até o local e, além encontrar as armas, que resultou na confissão do crime, também foram apreendidas várias porções de drogas, além de celulares que haviam sido roubados.

Conforme a PM do município, na última semana eles já haviam participado de um assalto à residência, onde amarraram e espancaram um idoso de 77 anos e os seus funcionários.

Suspeito de ter matado dono de supermercado em Anápolis é encontrado

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