Escolas e creches municipais de Anápolis começam a receber câmeras de segurança

Observatório de Segurança vai monitorar as unidades e, em caso de incidentes, enviar uma viatura para o local

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -

Dados do 28º Batalhão da Polícia Militar (28º BPM) mostram que, somente entre janeiro de 2017 e agosto de 2018, quatro crimes contra o patrimônio em unidades de ensino municipais de Anápolis aconteceram no período em que havia estudantes em sala de aula.

Para coibir ações dessa natureza, o prefeito Roberto Naves (PTB) determinou que a Assessoria Especial de Segurança Pública elaborasse e implantasse um sistema de videomonitoramento em todas as escolas e creches municipais da cidade.

Inicialmente, 12 unidades da região Norte serão contempladas e terão os equipamentos funcionando até o final de setembro. As câmeras já foram instaladas nas escolas Pedro Ludovico Teixeira e Clovis Guerra, ambas na Vila Jaiara, e no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Helena Ferreira Melazzo, no Las Palmas.

“Estamos fazendo isso com recursos próprios utilizando a mão de obra que temos. O custo depende do tamanho do local, mas, em média, estamos gastando R$ 3 mil em cada uma”, explica o gerente do Observatório Municipal de Segurança, sargento Carlos Alberto Rodrigues.

O sistema consiste na supervisão desses espaços por meio de câmeras instaladas em pontos estratégicos. As imagens são transmitidas em tempo real para o Centro de Resolução de Conflitos (Cercon) que será montado na região em questão pela equipe do Observatório de Segurança. Lá, qualquer tipo de situação poderá ser atendida. Para fazer frente à demanda, cerca de 30 vigias do município estão sendo treinados.

“Temos uma viatura que, quando acionada, se deslocará até a unidade para atender a ocorrência. Se a equipe perceber que a situação é grave, acionará a Polícia Militar que irá ao local em menos de cinco minutos”, emendou o profissional, explicando que essa ação inibirá 99% dos crimes.“Não estaremos substituindo a Polícia Militar, estaremos trabalhando integralmente com ela ao repassar as informações”, completou.

Além do monitoramento, o gestor de cada unidade terá um botão do pânico para acionar sempre que achar necessário a presença efetiva da patrulha.

“Há anos as escolas municipais não tinham nem muros. Hoje estamos criando situações para fortificar a segurança. Não é uma preocupação apenas político/pedagógica, mas, sobretudo, de criar uma rede de fortalecimento”, pondera o secretário municipal de Educação, Alex Martins.

Escola Municipal Clóvis Guerra, na Vila Jaiara. (Foto: Daniel Carvalho)

O novo sistema garantirá mais proteção para a diretora da Escola Municipal Clovis Guerra, Elismar Padilha, que presenciou um crime dentro da unidade no ano passado. Segundo ela, durante o recreio, uma pessoa entrou na escola, furtou o dinheiro e o celular que estava na bolsa de uma professora dentro da sala de aula.

“Estamos apostando muito nesta ação. Além de inibir a ação dos bandidos, acredito que os alunos ficarão mais disciplinados”, comemora a educadora.

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