Procon indica onde estão os produtos mais baratos da ceia natalina em Anápolis

Preço de um dos itens mais importantes e simbólicos dessa época do ano acendeu sinal de alerta no órgão, que ameça punir com rigos os estabelecimentos

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

Dentre todo os itens tradicionais da ceia natalina, o peru foi o que mais chamou atenção na recente pesquisa divulgada pelo Procon Municipal.

O órgão, inclusive, já fala em formação de cartel entre os estabelecimentos, uma vez que a variação de preço encontrada foi de apenas um centavo nos sete locais pesquisados – que são os principais da cidade.

“O problema é que estabelecimentos comerciais que vivem em condições completamente diferentes, como questões de aluguel, estacionamento, ponto, proporção do espaço que afeta o valor pago em água e luz, não é possível que eles tenham os mesmos gastos, o que é naturalmente embutido no valor do produto final”, esclareceu o secretário municipal de Defesa do Consumidor, Robson Torres.

O Procon Municipal promete agora voltar em cada supermercado e analisar os documentos fiscais de cada um deles afim de verificar os motivos destes alinhamentos.

“Caso não haja uma justificativa plausível, o fato pode resultar em multas por desrespeito às normas consumeristas”, adianta Robson.

De qualquer forma, o secretário sugere que o próprio consumidor dê uma resposta à ação desses estabelecimentos.

Robson Torres, secretário Municipal de Defesa do Consumidor. (Foto: Daniel Carvalho)

“Como este produto fica mais caro nesta época do ano, é possível substituí-lo por um pernil suíno ou peixe assado”, lembra.

Lista

Foi feito o levantamento de 33 itens costumeiramente consumidos pelo brasileiro nesta época de fim de ano (entre carnes, bebidas, frutas, grãos, panetones e chocolates).

Diferentemente do peru, os demais produtos da ceia natalina apresentam variação que podem chegar a até 178,36% no custo. Confira a lista na íntegra para ver onde estão os produtos mais baratos e fugir dos mais caros.

Consumo consciente

Conforme pontua o secretário Municipal de Defesa do Consumidor, o consumo consciente pode gerar não somente economia, mas também menos dor de cabeça na hora de ir às compras.

Caro, e item com suspeita de formação de cartel por parte dos estabelecimentos, o peru é o ‘vilão’ do bolso neste Natal. (Foto: Daniel Carvalho)

Veja as sete dicas que ele dá para quem ainda não saiu às compras:

1 – Planejar os gastos: é preciso ter noção das receitas, incluindo 13º, gratificações, bonificações, despesas, e se possível, despesas futuras, como os tributos de início de ano. Isso ajuda a ter noção do que pode ser gasto. Segundo estatísticas, no final do ano, os brasileiros costumam gastar entre 30% e 40% em comparação dos meses anteriores, prejudicando o orçamento dos meses futuros, e muitas passam a fazer parte dos super endividados.

2 – Planejar as compras: após o planejamento, os consumidores devem fazer uma lista do que pretendem adquirir e, antecipadamente, ir à pesquisa de preços, o que permite o consumidor fazer comparações e pechinchar. Quando se deixa as compras para última hora, ele fica refém dos preços mais altos.

3 – Evite comprar por impulso: o consumidor deve seguir a risca sua lista de para evitar problemas com o orçamento. As compras por impulso, geralmente, indicam aquisições desnecessárias. Durante a escolha de peças de roupas, por exemplo, devem poder ser coordenadas com aquelas que já têm o consumidor já possui, para que possa fazer parte de ‘looks’, do contrário, é quase certo que será descartada em um canto do armário.

4 – A ceia: organizar um bom jantar, não exige gastar muito. Antes de ir às compras, o consumidor deve fazer, como já falamos, uma lista com tudo que será preciso, inclusive, a quantidade necessária de cada item, e, para tanto, outra lista deve ser feita com presentes no evento. Tal preparação evita desperdício de comida e compras desnecessárias. Frutas nacionais e da estação são mais baratas e agradam a todos. Damascos, avelãs e nozes não costumam vir em embalagens padronizadas e, por isso, o preço varia bastante.

5 – Pechinchar não é vergonha: isso demonstra compromisso e fidelidade consigo mesmo. O brasileiro costuma pagar sem perguntar a possibilidade de obter descontos. Muitas lojas costumam dar 10% de desconto (ou até mais), quando é pago a vista. Se não for possível pagar tudo na hora, o consumidor deve prestar atenção nas condições de parcelamento.Por fim, registre todas as compras feitas e o número de parcelas que deverão ser debitadas a cada mês.

6 – Requisição de Nota Fiscal: para o exercício de direitos do consumidor como trocas ou substituições, descontos proporcionais, possível devolução da quantia paga e relativa ao produto ou serviço adquirido, e para eventuais substituições de peças ou consertos, tanto quanto para quaisquer tipos de denúncias ou ações judiciais correspondentes.

7 – Deixar as crianças em casa e desconfiar das promoções: a primeira técnica evita compras desnecessárias e por impulso. Já a segunda evita problemas relativos a golpes e fraudes. Ambas trazem prejuízos financeiros aos consumidores.

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