Essa ONG começou a fazer o bem em Anápolis e hoje ganhou o mundo

Compaixão Internacional já esteve em mais de 15 países e tem para 2019 projeto especial para moradores do extremo leste da cidade

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -

Papo das Seis, programa de entrevistas, debates e comentários transmitido nas redes sociais do Portal 6recebeu Betty Agi como convidada nesta quarta-feira (13).

Presidente da Compaixão Internacional, sediada em Anápolis e que já realizou atendimentos em mais de 15 países, ela contou como foi o início da ONG e qual o principal projeto desenvolvido atualmente.

“Em 2011 minha irmã e eu fomos fazer um trabalho voluntário em Angola. Tínhamos acabado de formar em Biomedicina e percebemos que a maioria das pessoas que iam pro hospital estavam descalçadas. Hoje nos países mais pobres as parasitoses e verminoses contraídas no solo são uma das principais causas de morte infantil e vimos que era uma questão de falta de acesso. Já em Anápolis começamos campanha Doe Chinelos para arrecadar 250 pares. Sabemos que a cidade é conhecida pela generosidade e hoje já chegamos a 45 mil pares. A maioria das fontes de doação e voluntários são de Anápolis”, disse.

Além dos chinelos, a equipe também criou o projeto Kiluba, que é uma escola itinerante de corte, costura e artesanato para que mulheres em situação de risco tenham qualificação e possam conseguir a própria renda. Em cidades brasileiras é realizado também o Campo e o Compaixão no Sertão, com consultas médicas e odontológicas em cidades carentes, cracolândias e tribos indígenas.

Para 2019, a ONG vai acolher famílias Jardim Primavera, extremo Leste de Anápolis, com vários atendimentos. Internacionalmente será lançado também o projeto O Sol é Para Todos, voltado para albinos do continente africano que sofrem diariamente por falta de proteção e por preconceito.

“Aqui sabemos que é genético, mas muitas pessoas em comunidades isoladas da África acreditam que é sinal de maldição. Em países como Moçambique e Tanzânia é tido como pessoas magicas e em rituais de feitiçaria, pessoas são sacrificadas. Quando é de albino ou partes de albinos, é tido como mais valioso, então acontece uma caça contra os albinos”, explicou.

Com intuito de promover conscientização nesses locais, os voluntários estarão nesses países no próximo mês de junho para levar informações sobre o que é o albinismo e quais cuidados devem ser tomados.

“Nós precisamos de doações de bonés, chapéus e principalmente filtro solar, que lá custa quase metade do salário. Também buscamos dermatologistas e oftalmologistas que possam doar ao menos uma semana de trabalho voluntário”, detalhou Betty.

Ainda na entrevista, ela explica como é o processo para se tornar voluntário, os detalhes de cada projeto desenvolvido na ONG, tanto fora quanto dentro do Brasil, e as motivações que fizeram o grupo a escolher os albinos como próximo público alvo para ações sociais.

A seguir, a íntegra do Papo das Seis com Betty Agi:

https://www.facebook.com/portal6anapolis/videos/242054260080798/

 

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