Leitura de carta gera força-tarefa para impedir protesto em Anápolis, mas manifestantes não aparecem

Ruas foram bloqueadas desde às 04h da madrugada pelas polícias Militar e Penal para impedir a aglomeração de pessoas

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

A ameça de manifestação na porta do Centro de Inserção Social Monsenhor Luiz Ilc, a cadeia pública de Anápolis, na manhã desta quarta-feira (06), mobilizou conjuntamente as forças de segurança pública para impedir que o ato acontecesse.

Desde às 04h da madrugada, as polícias Militar e Penal (antigos agentes penitenciários) isolaram as ruas ao redor da unidade, localizada no Jardim das Américas, na região Nordeste da cidade.

O temor era que familiares dos detentos aparecessem, como prometido em uma carta lida na rádio Manchester News, para protestar contra “as más condições em que os internos estão sendo submetidos” nos últimos dias.

Decretos governamentais, e decisões recentes da Justiça, impedem qualquer tipo de aglomeração de pessoas, mesmo as que tenham caráter pacífico.

“[Por cautela] foi feita uma força-tarefa conjunta [entre a Polícia Militar e Penal], mas ninguém apareceu. Nós já fomos embora”, contou ao Portal 6 o tenente Nassar, responsável pelo turno do Comando de Policiamento Urbano (CPU) da região.

O ato estava previsto para ocorrer às 09h da manhã. Procurada pela reportagem, a Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT) disse que estava enviando equipes ao local.

Em nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que o “bloqueio tático foi realizado como ação preventiva” e orientou que as queixas  de “familiares e advogados [dos detentos] devem ser protocoladas de forma oficial por meio da ouvidoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP)”.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade