Resposta a internauta foi a deixa para Portal 6 descobrir novas irregularidades na Câmara Municipal

'Fomos auditados pelo Tribunal em Dezembro, se estivéssemos ilegal eles já não teria notificado?', questionou Leandro Ribeiro

Carlos Henrique Carlos Henrique -

A reportagem do Portal 6 que tornou pública as práticas ilegais que o TCMGO descobriu após visita in loco na Câmara de Anápolis foi motivada após a resposta do presidente do legislativo municipal a um internauta no Facebook.

No diálogo, Leandro Ribeiro foi questionado sobre a farra das gratificações que tem sido concedidas a secretários parlamentares em plena época da pandemia — escândalo revelado com exclusividade pelo Portal 6 e repercutido dias depois por outros veículos de comunicação como Mais Goias e O Popular.

Ao replicar o usuário na rede social, o vereador se referiu ao tema como má informação e aproveitou para lembrar a inspeção feita pela Corte de Contas à Câmara em dezembro de 2019.

“Fomos auditados pelo Tribunal de Contas do Município em Dezembro, se estivéssemos ilegal eles já não teria notificado? Vale a reflexão (sic)”, questionou.

(Reprodução/ Facebook)

Isso foi a deixa para que o Portal 6 verificasse como estava o processo junto ao site do TCMGO.

Surpreendentemente, lá constava o acórdão de nº 01402/2020, de 19 de abril, que não somente aponta irregularidades gravíssimas na Câmara Municipal descobertas pela inspeção ao qual Leandro Ribeiro se referiu, mas também proibiu, por medida cautelar, que nenhum servidor comissionado seja contratato pela Casa de Leis.

Instada a comentar a decisão, a Procuradoria Geral da Câmara argumentou que não poderia se pronunciar porque ainda não havia sido notificada formalmente pelo órgão.

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